CriptoFácil - Coinbase (NASDAQ:COIN).
De acordo com dados da blockchain divulgados pela plataforma de análises Look on chain, a Voyager recebeu 100 milhões em USDC (US$ 100 milhões, ou R$ 520 milhões) da exchange nos últimos três dias. Além disso, enviou ativos para a plataforma quase todos os dias desde 14 de fevereiro.
Ao todo, a empresa “falida” teria negociado pelo menos 23 tokens diferentes, avaliados em mais de US$ 100 milhões. Entre outros ativos, a Voyager negociou 2,24 trilhões de tokens SHIB (R$ 145 milhões), 15.635 ETH (R$ 130 milhões), 28,5 milhões de VGX (R$ 66,9 milhões), 640 mil LINK (R$ 24,7 milhões), 7,75 milhões de OCEAN (R$ 15,6 milhões), 350 mil UNI (R$ 11,8 milhões), 3,26 milhões de MANA (R$ 11,2 milhões), 4 milhões de ENJ (R$ 20,8 milhões), 2,3 milhões de SAND (R$ 8,5 milhões).
Ainda segundo a Look on chain, a Voyager detém atualmente cerca de US$ 631 milhões em ativos. Ou seja, cerca de R$ 3,28 bilhões em ativos. A lista de cripto da empresa inclui 172.223 ETH, 186 milhões de USDC, 6,5 trilhões de SHIB, 2,14 milhões de LINK, 581 AVAX, entre outros.
Até o momento, nem a Coinbase nem a Voyager comentaram a postagem da plataforma de análises.
Vale destacar que, antes disso, em meados de fevereiro, os analistas da PeckShield já tinham notado uma movimentação de ativos por parte da Voyager. De acordo com a plataforma de análise, a empresa transferiu US$ 28,7 milhões (cerca de R$ 150 milhões) para a Coinbase e para a Binance. A empresa de empréstimos de cripto enviou 250 bilhões de SHIB e 15.000 ETH para as exchanges.
Relembre o caso da Voyager
A Voyager foi uma das várias empresas de criptomoedas que entraram com pedido de recuperação em 2022. A companhia pediu concordata em julho, logo após o colapso da Terra (LUNC), que também afetou o fundo Three Arrows Capital (3AC). O fundo era um dos maiores devedores da Voyager e sua falência deixou a exchange sem liquidez.
Assim, com poucas reservas, a Voyager teve que pausar os saques para evitar a falência e tentar se recuperar. Mas em julho, devido ao problema dos saques persistirem, a Voyager entrou com um pedido de recuperação judicial.
Como parte desse processo de reestruturação, a Voyager firmou com a Binance US – braço da Binance nos Estados Unidos – um acordo de US$ 1 bilhão para compra de seus ativos. Contudo, reguladores dos Estados Unidos manifestaram oposição ao acordo, alegando que a Binance não teria explicado a origem dos recursos para comprar os ativos.
- Leia também: Bitcoin chega aos R$ 121 mil enquanto altcoins tentam recuperação