Por Alexander Marrow
MOSCOU (Reuters) - O banco central da Rússia manteve a taxa básica de juros em 7,5% em sua última reunião do ano, nesta sexta-feira, mas descartou os riscos da inflação à frente e disse que a mobilização militar do país está aumentando a escassez de mão de obra.
"O balanço de riscos de médio prazo continua inclinado para os riscos pró-inflação", disse o banco em comunicado. "A escassez de mão de obra está aumentando em muitos setores em meio aos efeitos da mobilização parcial".
A onda de cortes de juros pelo banco central terminou em setembro, após a reversão gradual de um aumento emergencial da taxa para 20% no final de fevereiro, após a decisão da Rússia de enviar dezenas de milhares de soldados à Ucrânia e a imposição de amplas sanções ocidentais em resposta.
O Banco da Rússia fez seis cortes nos juros desde fevereiro, mas agora manteve-os em 7,5% em suas duas últimas reuniões. Em outubro, alertou que a mobilização militar parcial, ordenada pelo presidente Vladimir Putin em setembro, poderia alimentar a inflação no longo prazo devido ao encolhimento da força de trabalho.
A manutenção da taxa nesta sexta-feira estava em linha com a previsão de analistas consultados pela Reuters nesta semana.
A inflação, que o banco central almeja em 4%, estava em 12,65% em 12 de dezembro, de acordo com o Ministério da Economia. A previsão de inflação de final de ano do banco central é entre 12% e 13%.
(Reportagem de Alexander Marrow)