O corte de 25 pontos-base nas principais taxas de juros anunciado nesta segunda-feira (21) pelo Banco do Povo da China (PBoC) representa uma continuidade nos esforços para estimular economia, mas com resultados incertos, segundo a Capital Economics.
"Esperamos que mais flexibilização ocorra nos próximos trimestres, mas é improvável que isso aumente muito a demanda por empréstimos", diz a consultoria britânica, em relatório. "Uma reviravolta significativa no crescimento econômico exigiria uma resposta fiscal maior."
A redução nas taxas vai diminuir o custo dos empréstimos existentes, o que alivia a pressão sobre as empresas endividadas, de acordo com a consultoria. O PBoC, que já fez sete cortes nos juros desde julho, sinalizou reduções de 25 a 50 pontos-base na taxa de reservas de compulsório bancário (RRR, em inglês) até o fim do ano. A Capital Economics ainda espera uma diminuição de 40 pontos-base na nas taxas de referência no ano que vem.
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Em relação à política fiscal chinesa, a consultoria vê "sinais encorajadores". "Embora o Ministério das Finanças não tenha divulgado detalhes específicos sobre estímulo fiscal adicional durante a última coletiva de imprensa, ele se comprometeu a usar fundos existentes para aumentar os gastos fiscais neste trimestre e sugeriu uma expansão do déficit orçamentário em 2025. Isso provavelmente será suficiente para garantir que a meta de crescimento anual [de 5%] seja cumprida por pouco neste ano e proporcionar alguma melhora de curto prazo no ímpeto econômico no ano que vem."
Ainda assim, a Capital Economics trata com ceticismo a possibilidade de a flexibilização fiscal proporcionar algo além de uma retomada modesta e curta da atividade.