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China comprará mais soja do Brasil para 4º tri diante da menor safra dos EUA, dizem traders

Publicado 17.07.2023, 08:22
© Reuters. Soja em campo em Ponta Grossa, Paraná, Brasil. REUTERS/Rodolfo Buhrer
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Por Naveen Thukral e Dominique Patton

CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - A China, maior importadora de soja do mundo, provavelmente comprará um volume maior da oleaginosa do Brasil do que o habitual de setembro a dezembro, disseram três fontes comerciais, já que os preços dos embarques da nova safra dos EUA estão subindo devido às expectativas de menor oferta.

Após uma safra abundante no Brasil, um volume maior de grãos estará disponível no final do ano, aliviando as preocupações sobre restrição de oferta mundial após o menor plantio nos EUA e um declínio na produção na Argentina atingida pela seca no início deste ano.

"O Brasil tem muito grão para embarcar, enquanto a safra dos EUA é altamente incerta", disse Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney. "O Brasil é uma válvula de segurança não apenas para a China, mas também para os EUA, caso sua produção caia."

A soja recém-colhida dos EUA geralmente domina o mercado global de exportação a partir de setembro, à medida que a temporada de exportação brasileira, ativa a partir do segundo trimestre do ano, chega ao fim.

Este ano, o Brasil, maior exportador mundial de soja, produziu uma safra recorde de cerca de 155,7 milhões de toneladas. A produção nos EUA, o segundo maior fornecedor, deve sofrer devido ao menor plantio e ao clima seco, disseram traders.

Grandes importadores chineses têm encomendado ativamente cargas brasileiras para setembro e outubro, aproveitando os preços mais baixos, disseram traders.

"Os grãos do Brasil ainda são competitivos, ainda há grãos a oferecer e, em setembro, o principal fornecedor ainda será o Brasil", disse um trader de Pequim. "Neste momento, especialmente neste ano, há uma lacuna muito grande entre a oleaginosa do Brasil e a dos EUA."

A soja brasileira para embarque em outubro está sendo ofertada a 576 dólares a tonelada, incluindo custo e frete, para a China, enquanto os carregamentos dos EUA estão sendo cotados acima de 580 dólares a tonelada.

Normalmente, os compradores estão dispostos a pagar prêmios de 12 a 15 dólares a tonelada pelos grãos brasileiros, que têm maior teor de proteína em comparação com a oleaginosa dos EUA.

SECA PODE ATINGIR PRODUÇÃO DOS EUA

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em seu relatório mensal na semana passada, previu uma produção de soja abundante nos EUA, com rendimentos recordes de 52 bushels por acre compensando o menor plantio neste ano.

No entanto, traders disseram que os rendimentos dos EUA devem ser menores do que a estimativa do USDA, já que o clima seco em partes importantes do Centro-Oeste está prejudicando a safra antes de uma fase de desenvolvimento importante em agosto.

"Os preços estão subindo e é provável que subam ainda mais se observarmos mais seca no próximo mês", disse um segundo trader em Cingapura de uma trading internacional que opera plantas de esmagamento de soja na China.

Os comerciantes não quiseram ser identificados porque não estão autorizados a falar com a imprensa.

© Reuters. Soja em campo em Ponta Grossa, Paraná, Brasil. REUTERS/Rodolfo Buhrer

O contrato de referência da soja na Bolsa de Chicago subiu 1%, para uma alta de duas semanas na segunda-feira, depois de subir mais de 4% na semana passada. [GRA/]

A China importou 10,27 milhões de toneladas métricas de soja em junho, um aumento de 24,5% em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários na semana passada, quando grandes compras de grãos brasileiros baratos chegaram ao mercado.

(Reportagem de Naveen Thukral e Dominique Patton)

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