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Copom mantém Selic a 2%; fecha porta para reduções, sem se comprometer com altas

Publicado 09.12.2020, 16:06
Atualizado 09.12.2020, 18:37
© Reuters.

Por Leandro Manzoni e Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Comitê de Política Monetária, o Copom, manteve nesta quarta-feira (9) a taxa básica de juros em 2% ao ano. A decisão foi unânime e confirma a expectativa do mercado de manutenção do atual patamar da taxa, que segue na mínima histórica.

LEIA MAIS: Copom - Apostas para início do ciclo de alta da Selic dividem economistas

O comunicado manteve a orientação futura, ou forward guidance, mas com a retirada do trecho “o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno", o que fecha a porta para uma eventual queda, porém pequena e marginal, da taxa Selic nas próximas reuniões.

O Comitê avalia que, apesar das altas recentes na inflação, as expectativas de inflação e as projeções no cenário básico "permanecem abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária; o regime fiscal não foi alterado; e as expectativas de longo prazo permanecem ancoradas. O comunicado enfatiza que houve uma mudança na tendência de queda da expectativa da inflação desde que foi adotado o forward guidance.

Além disso, ao longo dos próximos meses, o ano-calendário de 2021 perderá relevância em detrimento ao de 2022, que está com projeções e expectativas de inflação em torno da meta. A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade. No cenário de retirada do forward guidance, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos.

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A próxima reunião do Copom acontece em 19 e 20 de janeiro.

Veja abaixo a íntegra do comunicado do Copom após a reunião de hoje:

Em sua 235ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 2,00% a.a.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

  • No cenário externo, a ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo. No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo. A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes;
  • Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem a continuidade da recuperação desigual entre setores, em linha com o esperado. Contudo, prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais;
  • As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada. Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente;
  • As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;
  • As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,2%, 3,3% e 3,5%, respectivamente;
  • No cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio partindo de R$5,25/US$*, e evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC), as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 4,3% para 2020, 3,4% para 2021 e 3,4% para 2022. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2,00% a.a. e se eleva até 3,00% a.a. em 2021 e 4,50% a.a. em 2022; e
  • No cenário com taxa de juros constante a 2,00% a.a. e taxa de câmbio partindo de R$5,25/US$*, e evoluindo segundo a PPC, as projeções de inflação situam-se em torno de 4,3% para 2020, 3,5% para 2021 e 4,0% para 2022.
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O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções.

Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado, notadamente quando essa ociosidade está concentrada no setor de serviços. Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional.

Por outro lado, um prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia que piore a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.

O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros em 2,00% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2021 e 2022.

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O Comitê considera adequado o atual nível extraordinariamente elevado de estímulo monetário que vem sendo produzido pela manutenção da taxa básica de juros em 2,00% a.a. e pelo forward guidance adotado em sua 232ª reunião, segundo o qual o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário desde que determinadas condições sejam satisfeitas. O Copom avalia que essas condições seguem satisfeitas. Apesar da elevação desde a última reunião, em particular para o ano de 2021, as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, permanecem abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária; o regime fiscal não foi alterado; e as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas.

O Copom avalia que, desde a adoção do forward guidance, observou-se uma reversão da tendência de queda das expectativas de inflação em relação às metas para o horizonte relevante. Além disso, ao longo dos próximos meses, o ano-calendário de 2021 perderá relevância em detrimento ao de 2022, que está com projeções e expectativas de inflação em torno da meta. A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade. No cenário de retirada do forward guidance, a condução da política monetária seguirá o receituário do regime de metas para a inflação, baseado na análise da inflação prospectiva e de seu balanço de riscos.

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Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

 

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

 

 

Últimos comentários

O Brasil é uma Ferrari dirigida por um grupo de milicianos que só sabe engatar a ré. Uma hora vai dar perda total.
vc tem um poster do lula em casa sabemos disso
Os maiores economistas do país ou até do mundo estão nos comentários...
Tem que subir a taxa para uns 4% ou o pobre sofrera cada vez mais hehe
Enquanto isso,,mais um deputado,,maranhaozinho pego,, com um misero dinheirinho em casa,,2 milhões, venda de alguns boissss,,,segundo ele,,,
IPCA novembro +0,89. Resumo: taxa Selic para o ano todo, é corroída em 2 meses(praticamente). Qual economia segura-se, desse jeito?
Por isso que temos que mudar esse desgoverno em 2022!!! É muita incompetência. Todo mundo já percebeu que essa inflação está maquiada!!! Muitas coisas subiram de preços: alimentos em geral, combustíveis, eletrodomésticos e/ou eletrônicos, passagens aéreas, veículos, etc. Muitas coisas estão "dolarizadas" e essa política econômica de dólar alto, juros baixos é inflação elevadíssima só está empobrecendo cada vez mais o povo brasileiro... Chega desse desgoverno! Que venha 2022!
e inflação*
Sempre ouvi q os juros baixos eram requisito pra retomada economica. Pelo visto a teoria economica mudou agora.
O mesmo estudo que o prezado ouviu, tb, falava que juro baixo é inflacionário. Inflação é a desgraça maior de qualquer economia.
3 a 4% ainda é baixo...
perderam oportunidade de subir a taxa.
Amanhã o euro e o dólar sobem? Alguma previsão que valores poderão alcançar amanhã?Obrigado.
Não dou 1 ano e a taxa salta para dois dígitos para conter a inflação.
Qual seria a análise?
Inflação, desemprego e fuga de investidores externos.
Presidente ZERA imposto em importação de armas mas quer taxar meus dividendos... tremendo f... d....p...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Faz arminha que passa TALKEY!!!
Que fique em 2% até 2026
Vai não chefe, a partir do segundo semestre ano que vem começa.
Reformas enviadas ao congresso, das mentes de Guedes e Campos Neto, com crivo do "Mito". Esse é o nosso futuro.
Tudo que vem desse trio resumi-se em uma coisa: INCOMPETÊNCIA!!!
Para bolsa Selic pouco importa por enquanto apenas para o segundo semestre do ano que vem que vai começar a subir a taxa e pode haver alguma diversificação para renda fixa mas creio que esse movimento vai ficar mais para 2022 quando vai começar a ter uma elevação considerada da taxa de acordo com o COPOM.
Se a Câmara e o Senado trabalhassem aprovando as reformas estariamos muito melhor!!!
Isso tem impacto direto tbm para ter mais previsibilidade porém com recesso agora votação de reformas ficaram praticamente para o final do primeiro trimestre do ano que vem :-(
reforma vem da onde?
Gente dólar subindo tem haver com a possível demora das estímulos nós EUA, estão comentando que pode não sair essa semana e talvez só ano que vem, se for isso estamos lascadooos
interfere na bolsa amanhã?
pra cima
O governo precisa de $ para tudo. Quem vai emprestar a um governo que não quer pagar o juro? Alguém de vcs emprestaria dinheiro a quem se recusa a pagar o juro?
Essa turma do Copom deve ter analisado a conjuntura econômica em Marte.
Esse copom eh piada, bom um.dos diretores vive nos USA e faz bate e volta pras reunioes, quer descalabro maior, estamos F..... igual ao Covid depois das eleicoes, em.Janeiro Selic sobe novamente .. e os Lunaticos defendem essas nutrias do governo! só por Deus! rezem
Juros de 2%, enquanto a inflação já passou dos4%, rompendo inclusive a meta. Este governo é incrivelmente incompetente, gera inflação em plena recessão, sem dizer que o nosso índice inflacionário está maquiado.
Essa taxa ai é apenas pro tesouro arrecadar dinheiro pra rolar a divida com menor juros possivel ja que vive uma implosão da divida publica e a população que engula seco a inflação , cheque especial e juros do cartão de credito nas alturas , cambio extourado...
aí amanhã esses gênios botam a culpa dos preços exorbitantes nos empresários e comerciantes
controle seus gastos aí não vai precisar de cheque especial ou parcelar cartão de crédito.
Nem isso este governo incompetente consegue. A divida esta ficando cada vez mais curta e mais dificil de rolar. Um risco para o pais.
dólar volta a subir e inflação vai continuar corroendo nossos bolsos, não teve coragem de subir
Como a bolsa irá se comportar é a questão...
alguns ativos atrelados ao dólar (comodites sobem) outros que possuem dívida em hedge no dólar derretem, infelizmente estou pesando em cmig e ela tem dívida em dólar
Pensei exatamente na Vale e Petrobrás, como irão responder amanhã.
Amanha o FDA libera a Vacina e CVCB3 🚀
De fato...esse governo conseguiu provar p mercado que é um bando de populistas e despreparados....
Selic baixa, bolsa sobe, ja corrigiu hj, vai buscar 118k essa semana
só esqueceu já estávamos em 2%....e esticando muito a corda.
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