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Copom: Apostas para início do ciclo de alta da Selic dividem economistas

Publicado 07.12.2020, 18:49
Atualizado 07.12.2020, 19:39
© Reuters.

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, deve finalizar 2020, o ano da pandemia, mantendo a taxa básica de juros no piso histórico de 2% ao ano, mas as apostas para o início do novo ciclo de altas estão lançadas e dividem economistas-chefes de bancos e corretoras consultados pelo Investing.com.

A atuação dos bancos centrais ao redor do mundo ficou marcada este ano por taxas de juros muito baixas e liquidez abundante, que atenderam à necessidade global de ajuda monetária para combater os severos danos da Covid-19 na economia. No Brasil não foi diferente e o ciclo de cortes reiniciado em junho de 2019 se estendeu até agosto deste ano, frustrando as pesquisas Focus pré-pandemia, recolhidas com agentes de mercado pelo Banco Central, que viam a taxa fechando 2020 a 4,5%.

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Agora, com a perspectiva da chegada das vacinas e da retomada das atividades pelo fim do distanciamento social imposto pelo vírus, além do latente risco fiscal brasileiro e da inflação que ameaça começar a pressionar, os economistas preveem que o Banco Central deve retirar o estímulo monetário lentamente ao longo de 2021 ou até em 2022, a depender do andamento da economia.

O consenso de mercado, segundo o Focus desta última segunda-feira (7), é que a taxa chegue a 3% no final de 2021. No entanto, as incertezas com o cenário do que parece ser o final da pandemia dispersam as apostas do início do ciclo pelo calendário, assim como o tamanho das adições percentuais à taxa.

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Para esta quarta-feira (9), há expectativas de que o Copom retire a fresta que até então seguia aberta para novos cortes e faça alguma menção extra sobre o atual patamar da inflação e os impactos na projeção para o cenário relevante do BC. Os economistas concordam por unanimidade que o comitê deve manter o forward guidance, ou orientação futura, e que o risco fiscal não aumentou desde a última reunião, o que deve manter o apelo por reformas no mesmo tom das últimas comunicações.

A decisão da taxa Selic e o comunicado que a acompanha serão divulgados às 18h30 desta quarta. Veja o que dizem os economistas:

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos

Selic em 6% no final de 2022
Início do ciclo de alta: 1T22

“Não deve ter muita alteração no comunicado em relação à inflação, apesar de as expectativas terem aumentado nas últimas semanas. Devem reconhecer o avanço, dizer que estão monitorando, mas ainda assim reafirmar que o efeito é pontual e deve ser devolvido no próximo ano”.

“O que precisa acontecer para o BC mudar essa perspectiva é o cenário para inflação de 2022 se aproximar de forma célere da meta, mas a atividade fraca em 2021 deve se impor. Temos uma ociosidade grande, com taxa de desemprego que deve avançar de maneira significativa não somente pelo fim do auxílio emergencial, mas também porque as pessoas vão voltar a circular com o fim da pandemia e, assim, a procurar emprego”.

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José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator

Início do ciclo de alta: 4T21, “se precisar aumentar a taxa”.

“Não dá para imaginar que a inflação ficará acima da meta por muito tempo no ano que vem e em meados de 2022. Entramos em dezembro com o dólar despencando no mundo todo. Se esse quadro novo de valorizar moedas emergentes se mantiver, não tem como dizer que o câmbio vai puxar os preços. É um padrão completamente diferente da última reunião [do Copom] e que precisa ser mencionado.”

“A inflação corrente piorou por questões pontuais, o que era esperado, não fugiu da meta. Se isso não estiver no comunicado, é porque o Copom está vendo a inflação desancorando”.

“Do lado de atividade, não tem novidade. No mercado de trabalho, não tem melhora, e ano que vem acabam os benefícios de contratação do governo, como a redução de salário por redução de horário. A tendência é de piora até mesmo no mercado formal”.

“A inflação precisaria estar 4% a 4,5% ao ano para pensar em começar a elevar juros e eu vejo esse cenário como muito improvável. Se precisar aumentar a taxa, vai ser no final do ano, no quarto trimestre”.

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Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos

Selic entre 2,75% e 3% no final de 2021, “mas com crescente probabilidade da taxa de juros encerrar acima de 3% por conta do fiscal”.
Início do ciclo de alta: passagem do 1S21 para o 2S21

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“Apesar do diagnóstico de que essa pressão inflacionária é de curto prazo, há uma preocupação de desancoragem dependendo da retomada. Mercado vai olhar majoritariamente para as considerações do BC sobre o cenário inflacionário e fiscal, que são os dois fatores que poderiam levar a um ciclo de alta”.

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“Sem a sinalização de que a inflação não vá cumprir a meta, o que vai continuar pesando é o fiscal, já que ainda há muita incerteza sobre como as contas públicas serão conduzidas, além do ritmo da recuperação dos trimestres seguintes”

Boletim Focus - segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Para 2021, os economistas mantiveram a expectativa da Selic em 3% pela segunda semana consecutiva, assim como as projeções de 2022 e 2023 de 4,5% e 6%, respectivamente. O TOP-5, os cinco que mais acertam no Boletim, também manteve a previsão em 3%.

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Rafael Leão, economista-chefe da Parallaxis

Selic em 3,5% no final de 2021
Início do ciclo de alta: 1T21

“A pressão da inflação é pontual e temporária. É uma inflação de custos e de câmbio. BC vai trabalhar com forward guidance, no sentido de que vai observar as expectativas de inflação, mas as coisas podem mudar de figura a partir da reunião do ano que vem. Vai ver como a indexação de preços vai se espraiar na economia, e as expectativas de inflação podem se desgarrar acima da meta.”

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“No momento, BC e o mercado estão olhando mais para o fiscal do que para a inflação de curto prazo. É importante que a sinalização seja de freio dos gastos. Na avaliação do BC, o regime fiscal ainda está mantido, mas se o Teto [de Gastos] for modificado ou retirado, isso teria mudanças”.

Jason Vieira, economista-chefe da Infinity

Selic em 3,5% em 2021
Início do ciclo de alta: a partir do 1S21

“Acho que o BC ultrapassou o piso e que a taxa está ultraestimulativa. Não tem espaço para novos cortes e já passou um pouco da hora de tirar isso da comunicação. Mas tenho dúvidas se isso vai acontecer e espero a manutenção do comunicado”.

“Não podem deixar passar a alta inflação. Mesmo concentrando a inflação de energia em 2020 [com a mudança da bandeira tarifária], isso não quer dizer que não vai ser transferido para 2021. Podemos também ter uma demanda maior por energia, ou a bandeira pode ser alterada nesse período. Não dá para contar com isso”.

“A questão do choque de oferta, bem significativo recentemente, traz incerteza. Isso pode carregar uma inflação no atacado que vai para o varejo e é uma preocupação que pode elevar mais a taxa.”

Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter (SA:BIDI4)

Selic em 3,5% no final de 2021
Início do ciclo de alta: meados de 2021

“Com a volta do fluxo estrangeiro e o dólar cedendo, esperamos que o Copom mantenha o mesmo comunicado e o forward guidance. O cenário de incerteza, principalmente com o fiscal, continua, mas o governo deu uma alinhada em seu discurso, então o BC não deve ser mais severo quanto a isso”.

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“Continuamos achando que a alta da inflação é temporária, é um choque de oferta que não se consegue consertar com Selic”.

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André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos

Selic em 4% no final de 2021
Início do ciclo de alta: 1S21

“Banco Central vai subir a taxa de juros logo no começo do ano. A alta do processo inflacionário, apesar de estar sob controle, está sob pressão e conspira para isso. Também ajuda que a questão fiscal não vai ser resolvida no curto prazo, será persistente ao longo de 2021.”

“Para um ciclo contrário, de nenhuma alta ou de altas muito baixas, que é improvável, só se o governo mantiver uma disciplina fiscal muito rígida ou uma segunda onda do vírus vier mais forte, que derrube a atividade por mais tempo.”

Últimos comentários

Selic sobe em 2021. Rolagem de divida precisa de juros decentes.
Aposto em 0,5 ponto de queda. Invistam na produção no país. E *NÃO FIQUEM* em casa se tiverem trabalho. Bora produzir.
Melhor analise Gonçalves da Fator pe no chão sem ideologia parabéns.
Aliás a conta chega em 2021.
A conta já vai chegar em 2020...A inflação subindo em todos os setores. Brasil com juros negativos até quando. Selic vai aumentar acima de todas as previsões porque o governo e o congresso não fazem o dever de casa.
se subir selic hj ibov vai a 120 pts fácil
baseado em que kkkkkkk
pessoal que está com título atrelado ao IPCA vai sair pois a inflação vai cair devido aos juros mais altos e esse dinheiro o investidor atrela ao índice pois está descontado
é o contrário. Selic subindo vai por um freio na alta da bolsa
Inflação batendo recorde atrás de recorde e, para o desgoverno, que não vai ao supermercado, o que importa é ficar fazendo trade com o dólar
podem lançar o bolão da Selic, ou raspadinha dos analistas.
E ainda disseram que inflação entre 4 e 4,5 não precisa aumentar juros, como se os bancos não existicem na econômia desse país.
Surreal manter a selic em 2% com a inflaçao descontrolada... Bolsonaro e Guedes estao blefando como sempre... estao apenas inflando a Bolsa de ar, mas isso nao reduz inflacao
E ainda disseram que inflação entre 4 e 4,5 não precisa aumentar juros, como se os bancos não existicem na econômia desse país.
E ainda disseram que inflação entre 4 e 4,5 não precisa aumentar juros, como se os bancos não existicem na econômia desse país.
  EXISTISSEM É O CORRETO.
Até parece que com essa taxa de 2% o Tesouro conseguirá rolar as dívidas.
Esses analistas compraram diploma onde? Sabe nada otd'rio
Falam tão bonito e sempre erram.. Forwad guidance é meu ovo....
blá-blá-blá os mesmos analistas que erram tudo desde o começo da pandemia
Com o fim do auxílio emergencial e crescimento econômico diminui o risco fiscal. A redução da demanda, o alto desemprego e o dólar despencando evita qualquer pressão inflacionária, ao contrário o mais provável é deflação.
Se depender do IPCA vai ficar eterno essa selic em 2%...
...mas dependendo do IGP-M vai para 25% obrigatoriamente.
Estabilizacao as custas dos menos favorecidos, como disse o ministro no inicio: “ate empregada domestica viaja”, hoje nem classe media viaja mais. 2022. Daremos o troco nisso tudo. E o pais da ficcao dara lugar para a realidade..
colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro...ou alguem realmente acha que a selic não vá subir e rápido...perda de poder de compra do dinheiro dia após dia e é impossível não ver que vai fivar insustentável e subir os juros é inevitável...e para constar, não funciona mais em nosso país jabuticaba...subir a selic é o facil, mas o remedio amargo são as reformas...alguem reslmente achs que os gestores acima iriam ser mais realistas e falar a verdade? negócio deles vai bem com selic baixa...muito bem
Os economistas do COPOM abaixaram demais a SELIC, gerando perdas até para quem tem dinheiro no tesouro SELIC. Agora vão manter a 2% só pra não dar o braço a torcer. Gênios da,(só que não)!!! Selic no Brasil a níveis de USA. Só podem estar de brincadeira.
Infelizmente a taxa SELIC esta descobectada dos demais indices e indicadores economicos. A manutencao da taxa selic Apenas contribui para nao aumentar o servico da divida publica, porem nao esta sendo focado o empobrecimento dos brasileiros pelo processo galopante da inflacao, que na minha opiniao, os indices divulgados estao descobectado com acrealida de dos precos praticados oelo nercado.Portanto, vejo sim necessidade de aumento da SELIC ja a partir de haneiro 21 para temperar e ajustar- se aos demais indicadores economicos.Esta e minha opiniao, salvo direcao contraria ao cenario que estamos presenciando.
Muito mimi, quais sao as empresas que se beneficiam com o aumento da selic ?
Todoas as rentistas.
quem sustenta a divida trilionaria do Estado é a rolagem os juros ... se não tiver novos aportes não paga os titulos que vencem... calote !
Maior problema sem duvidas e o fiscal... tudo leva a crer que teremos mais uma dilma pedalando
Não tem necessidade de subir a SELIC, porque é o câmbio que está pressionando a inflação. Basta o governo se mexer, aprovar uma privatização de uma estatal de porte, para sinslizar ao mercado o rigor fiscal e o compromisso com as reformas. O mercado precisa de liquidez e o Brasil injetou um balor irrisório na economia que voltando aos poucos, Tem que reduzir a SELIC e rever a tabela do IR
sério isso? O Brasil injetou pouco dinheiro? kkk. A dívida publica nunca foi tão alta. Privatização, eu sou a favor, mas com esse congresso e com o Bolsonaro que só pensam nos votos dos funcionários públicos para 2022. não vai ter privatização!!!
É inflação de custo e não por aumento de atividade econômica. O governo está se lixando pro consumo e geração de empregos, eles querem é juros menor que a inflação, desvalorização cambial pra agradar os exportadores e um juro baixo pra proteger a dívida pública. De resto, estão se lixando..
taxa selic deve e tem q subir na minha opinião, de forma gradativa a partir de 2021 , a inflação causada pela gde alta do dolar ( mesmo cedendo um pouco agora) e pelas restrições impostas pela covid ja está instaurada, precisamos de responsabilidade fiscal, politicos e membros do governo parar de falar besteira e a imprensa deixar de ser oportunista e exagerada sempre , ou seja essas duas ultimas q citei são simplesmente impossiveis de acontecer, portanto segue o barco ,
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