Investing.com - A economia dos EUA criou 253 mil empregos não-agrícolas em abril, segundo informou o relatório de empregos não-agrícolas - Payroll - do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 05. O resultado veio acima do esperado, pois a previsão dos economistas era de uma adição de 180 mil empregos no período. O resultado foi superior também aos números prévios revisados de 165 mil novos empregos (ante 236 mil divulgados inicialmente).
A taxa de desemprego ficou em 3,4% da força de trabalho, abaixo dos 3,6% esperados e dado do mês anterior, de 3,5%. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA se manteve em 62,6%, ligeiramente acima dos 62,5% da previsão dos economistas.
Já o salário médio por hora no mês passado variou 4,4% na base anual, acima dos 4,2% esperados pelo mercado e dos 4,3% prévios. Na base mensal, o resultado de 0,5% veio acima da estimativa de alta de 0,3% e do dado registrado em março.
Para Alex Lima, estrategista-chefe da Guide Investimentos, nesse ritmo, o mercado de trabalho americano precisaria de uma deterioração muito rápida para alcançar as projeções do Federal Reserve ao final do ano, com taxa de desemprego batendo 4,5%. “Precisaríamos de perdas de postos de trabalho de aproximadamente 95 mil mensais a partir de maio para chegar nesse número”, estima Lima, o que não considera provável. “Entretanto, aumento rápido da taxa de desemprego não é desalinhado com o histórico de recessões”, pondera.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, aponta que a surpresa no mercado de trabalho americano mantém a pressão inflacionária. “A demanda segue forte e deve demorar algum tempo para ceder. O mercado de trabalho deve desacelerar lentamente. A inflação segue pressionada por elevações de salários acima dos ganhos de produtividade”. Segundo Rodrigues, o Fed não deve iniciar o ciclo de afrouxamento monetário antes de meados do ano que vem. “No entanto, reconhecemos que o início do corte de juros pelo Fed pode ser antecipado caso haja um aperto de crédito mais intenso decorrente do colapso de alguns bancos regionais nos EUA”, completa.
Às 9h36 (de Brasília), o Nasdaq 100 Futuros apresentava alta de 0,40%, S&P 500 Futuros de 0,56% e o Dow Jones Futuros valorização de 0,48%.
O Ibovespa Futuros subia 0,41% no pré-mercado. O dólar tinha valorização de 0,27%, a R$4,9967.