Déficit comercial dos EUA aumenta em julho por aumento das importações

Publicado 04.09.2025, 10:47
Atualizado 04.09.2025, 10:49
© Reuters.

WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou acentuadamente em julho, uma vez que os influxos recordes de bens de capital e outros produtos impulsionaram as importações, uma tendência que, se for mantida, poderá fazer com que o comércio seja um peso no Produto Interno Bruto do terceiro trimestre.

O déficit comercial aumentou 32,5%, chegando a US$78,3 bilhões, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previram que o déficit subiria para US$75,7 bilhões.

As tarifas agressivas do presidente Donald Trump causaram grandes oscilações nas importações e, em última análise, no déficit comercial, distorcendo o quadro econômico geral. Um tribunal de apelações dos EUA decidiu na última sexta-feira que a maioria das tarifas de Trump, que aumentaram a taxa tarifária média do país para o nível mais alto desde 1934, é ilegal, criando mais incerteza para as empresas.

O comércio subtraiu um recorde de 4,61 pontos percentuais do PIB no primeiro trimestre, antes de reverter drasticamente e acrescentar 4,95 pontos percentuais no trimestre de abril a junho, também a maior contribuição já registrada.

A economia cresceu a uma taxa anualizada de 3,3% no último trimestre, depois de contrair a um ritmo de 0,5% nos três primeiros meses do ano. Atualmente, o Federal Reserve de Atlanta prevê que o PIB aumentará a uma taxa de 3,0% neste trimestre.

As importações aumentaram 5,9%, chegando a US$358,8 bilhões. As importações de mercadorias cresceram 6,9%, para US$283,3 bilhões. Elas foram impulsionadas por um aumento de US$ 12,5 bilhões nas importações de suprimentos e materiais industriais, o que refletiu um aumento de US$9,6 bilhões no ouro não monetário.

As importações de petróleo foram, no entanto, as mais baixas desde abril de 2021.

As importações de bens de capital aumentaram US$4,7 bilhões para um recorde de US$96,2 bilhões, impulsionadas por computadores, equipamentos de telecomunicações e outras máquinas industriais. Mas as importações de semicondutores caíram US$0,8 bilhão. As importações de bens de consumo aumentaram US$1,3 bilhão, mas as importações de preparações farmacêuticas diminuíram US$ 1,1bilhão.

As importações de veículos motorizados, peças e motores diminuíram US$1,4 bilhão, puxadas pela queda nas importações de caminhões, ônibus e carros de passeio.

As exportações aumentaram 0,3%, chegando a US$280,5 bilhões. As exportações de mercadorias subiram 0,1%, atingindo US$179,4 bilhões. As exportações de bens de capital aumentaram US$0,6 bilhão, atingindo um recorde de US$ 59,9 bilhões, impulsionadas pelos embarques de acessórios de informática e aeronaves civis. As exportações de máquinas de escavação caíram US$ 1,5 bilhão.

As exportações de veículos motorizados, peças e motores aumentaram US$0,3 bilhão. As exportações de materiais e suprimentos industriais diminuíram US$0,2 bilhão, prejudicadas por uma queda de US$2,5 bilhões nos embarques de formas metálicas acabadas. As exportações não monetárias de ouro aumentaram US$2,9 bilhões.

O déficit do comércio de mercadorias aumentou 21,2%, chegando a US$103,9 bilhões. O déficit comercial de mercadorias com a China aumentou US$5,3 bilhões, chegando a US$14,7 bilhões. O país também teve déficits comerciais de mercadorias com, entre outros, México, Vietnã, União Europeia, Suíça, Índia, Coreia do Sul e Japão.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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