O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve avançar 2,5% em 2024, afirma a Fitch, mais do que a previsão anterior da agência de classificação de risco, de 2,1%, divulgada em junho. Porém, a expectativa agora é de que o crescimento desacelere mais intensamente, para 1,6% em 2025 e mantenha esse ritmo em 2026, com o "aumento acentuado" do déficit governamental dos EUA freando parte do ímpeto. Além disso, uma alta esperada nas importações tende a pesar sobre a contribuição do comércio líquido no PIB, além da queda no consumo e do enfraquecimento da aceleração da renda familiar.
Sobre a perspectiva de juros, a Fitch espera que o Fed realize cortes de 25 pontos-base em setembro e dezembro e mais 1,25 ponto porcentual em 2025 e 0,75 ponto porcentual em 2026. O que, segundo eles, representa um ciclo de flexibilização muito menos agressivo do que os anteriores, já que a inflação de serviços segue incomodando.
Em seu relatório trimestral de Perspectivas Econômicas Globais, a Fitch afirma que o desemprego vem aumentando gradualmente nos EUA. Isso, segundo a agência, reflete principalmente uma retomada na oferta de mão de obra, em vez de uma queda na demanda por mão de obra e, portanto, não sinalizaria o início de uma recessão. "Mas as condições do mercado de trabalho estão definitivamente esfriando. Isso está aliviando as pressões sobre a inflação salarial, na margem, dando aos bancos centrais mais confiança para cortar as taxas de juros", afirma o relatório.
A projeção é que a inflação ao consumidor americano suba 2,7% em 2024, e desacelere a 2,4% ao fim de 2025, mantendo-se no mesmo patamar durante 2026. Já a taxa de desemprego dos EUA deve se manter em 4,2% neste ano, mas acelerar a 4,8% ao fim do ano que vem e 4,9% no encerramento de 2026.