Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Por Rodrigo Campos
(Reuters) - O Fundo Monetário Internacional aumentou nesta terça-feira sua estimativa de crescimento econômico para a América Latina e o Caribe neste ano para 2,4% devido às tarifas dos Estados Unidos abaixo do esperado e uma revisão para cima para o México, enquanto a previsão para o ano que vem foi reduzida.
A região deverá aumentar sua produção econômica em 2,4% em 2025, acima da estimativa do FMI de 2,2% em julho, enquanto a previsão para o crescimento de 2026 caiu 0,1 ponto percentual em relação a julho, para 2,3%, disse o credor global em seu relatório Perspectiva Econômica Global.
O anúncio foi feito enquanto autoridades financeiras do mundo todo se reúnem em Washington para as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial.
A maior parte do aumento do crescimento em 2025 vem do México, a segunda maior economia da América Latina e que, há seis meses, esperava-se que tivesse contração este ano. Agora, a projeção é de expansão de 1,0%. Em julho, o FMI estimou que o crescimento seria de 0,2%.
O Brasil, a maior economia da região, tem previsão de crescimento de 2,4% este ano, acima da projeção de 2,3% em julho. No entanto, o crescimento deve desacelerar no próximo ano para 1,9%, ainda mais lento do que os 2,1% estimados em julho. O FMI observou que o Brasil está no grupo de países cuja relação dívida/PIB deverá aumentar significativamente.
A estimativa de crescimento de 4,5% da Argentina para este ano é 1 ponto percentual menor do que a projetada há três meses, enquanto a previsão do FMI para 2026 para o país sul-americano foi reduzida de 4,5% para 4%.
A economia global tem se mostrado inesperadamente resiliente às tarifas de importação do presidente dos EUA, Donald Trump, em parte devido à antecipação de custos mais altos. A desvalorização do dólar, também inesperada diante das tarifas, ajudou os mercados emergentes, incluindo alguns da região, a atrair investimentos.
A inflação na América Latina e no Caribe foi estimada em 7,6% este ano e deve desacelerar para 5% em 2026, bem abaixo dos 16,6% registrados em 2024.
Na semana passada, o Banco Mundial elevou sua previsão de crescimento econômico para a região em 2026 para 2,5%, ante 2,4% anteriormente.