Haddad pede pressão popular para Congresso aprovar isenção de IR a salários de até R$ 5 mil

Publicado 07.04.2025, 15:40
Atualizado 07.04.2025, 19:10
© Reuters Haddad pede pressão popular para Congresso aprovar isenção de IR a salários de até R$ 5 mil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou a passagem por um centro de logística do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) em Cajamar (SP) para instigar a pressão popular pela aprovação do projeto que prevê isenção do imposto de renda a salários de até R$ 5 mil.

"Nós mandamos um projeto para o Congresso Nacional, e é importante você falar com o deputado, com a deputada, com o senador, senadora, em quem você votou, em quem você confia", declarou o ministro ao discursar a trabalhadores do Mercado Livre.

O ministro da Fazenda destacou que, uma vez aprovado o projeto, a isenção do imposto de renda poderá representar, ao fim de um ano, o décimo quarto salário, a depender da faixa de renda do trabalhador. Haddad defendeu em seu discurso a tributação da alta renda para compensar a renúncia que o governo fará ao ampliar a faixa de isenção do imposto de renda, de modo que não faltem recursos a programas sociais.

"Por isso que a lei determina que haja uma compensação. E é muito legal vocês pararem para pensar qual é a compensação que a gente desenhou. A compensação é: quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano - quer dizer, R$ 100 mil por mês - vai pagar 10% de imposto de renda", disse Haddad.

O ministro frisou que a cobrança de 141 mil brasileiros com renda mensal superior a R$ 100 mil vai beneficiar 10 milhões de pessoas que ganham até R$ 5 mil, além de outros 5 milhões que recebem até R$ 7 mil reais, beneficiados por descontos no tributo.

"Vejam vocês o quanto esse país é desigual e injusto. Cobrando o mínimo de 141 mil nós vamos favorecer 15 milhões de pessoas. É como se para cada pagador você tivesse 100 brasileiros beneficiados. Essa é a equação que nós fechamos", assinalou Haddad.

Haddad também falou sobre o crédito consignado lançado pelo governo a quem trabalha no setor privado, enfatizando que, sem o instrumento, os trabalhadores teriam que pagar de duas a três vezes a mais do que seria razoável para ter acesso a crédito. Os bancos públicos, conforme salientou Haddad, estão emprestando nessa modalidade a 2,5%. "Quando entrar a concorrência dos bancos privados e a coisa ficar mais forte, nós podemos ter taxas ainda menores", disse o ministro.

Contatos: eduardo.laguna@estadao.com; geovani.bucci@estadao.com

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