Os Estados Unidos experimentaram um aumento significativo nas importações de carga em contêineres em agosto, subindo 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Descartes Systems Group. Apesar do aumento no volume, houve uma ligeira queda de 3% em relação a julho, mês que registrou o maior nível de importações em 26 meses.
O influxo levou a congestionamentos nos principais portos, lembrando os primeiros dias da pandemia, quando volumes superiores a 2,4 milhões de unidades equivalentes a vinte pés (TEU) resultaram em notáveis acúmulos de carga.
A International Longshoremen's Association (ILA), que representa 45.000 trabalhadores portuários em 36 portos dos EUA, sinalizou prontidão para ação industrial se um novo contrato não for estabelecido com a United States Maritime Alliance (USMX) até o final do acordo atual em 30 de setembro. O impasse entre as duas partes gira em torno de várias disputas, incluindo salários, benefícios e a questão controversa da automação.
A A.P. Moller-Maersk, membro-chave da USMX, expressou preocupação aos seus clientes sobre a crescente probabilidade de uma greve em importantes portos como Nova York/Nova Jersey, Houston e Savannah, Geórgia.
A empresa alertou que mesmo uma paralisação de uma semana poderia resultar em um período de recuperação de 4-6 semanas, com o impacto piorando a cada dia que a greve persistir.
Os varejistas nos EUA, antecipando possíveis interrupções, ajustaram suas estratégias, adiantando promoções de feriados para garantir a chegada oportuna de produtos sazonais.
Essa mudança se deve, em parte, a uma temporada de compras de Natal mais curta, já que o Dia de Ação de Graças ocorre mais tarde este ano. Walmart (NYSE:WMT) e Target, entre os maiores clientes de transporte de contêineres, já realizaram vendas antecipadas de volta às aulas para se manterem à frente do evento Prime Day da Amazon.com (NASDAQ:AMZN).
O aumento nas importações não se limita a bens de consumo, pois o aumento de remessas no setor industrial também contribuiu para o aumento nos volumes de carga, observaram pesquisadores de comércio.
A situação nos portos permanece tênue, com a possibilidade iminente de uma greve adicionando pressão a uma cadeia de suprimentos já sobrecarregada.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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