Inflação argentina desacelera mais do que esperado em abril

Publicado 14.05.2025, 17:36
Atualizado 14.05.2025, 18:05
© Reuters. Presidente da Argentina, Javier Milein13/05/2025nAgustin Marcarian/Reuters/Arquivo

BUENOS AIRES (Reuters) - A inflação mensal da Argentina desacelerou para 2,8% em abril, mais do que era esperado, segundo dados da agência nacional de estatísticas INDEC divulgados nesta quarta-feira, embora a população continue enfrentando custos cada vez mais altos no país.

A taxa ficou abaixo da previsão de analistas, de 3,1%, e marcou uma desaceleração em relação aos 3,7% registrados em março.

A inflação nos 12 meses até abril atingiu 47,3%, recuando em relação à taxa de 55,9% do mês anterior e um pouco abaixo da taxa de 47,7% prevista pelos analistas consultados pela Reuters.

"Os dados refletem a forte desaceleração que a inflação vem registrando desde o início do mandato do presidente Javier Milei", disse o Ministério da Economia da Argentina em um comunicado.

O vice-presidente do Banco Central, Vladimir Werning, havia previsto um dia antes que a desaceleração deveria continuar em maio.

Embora as taxas mensais de inflação da Argentina tenham caído drasticamente durante o governo de Milei, os cortes nos gastos estatais também atingiram aposentadorias e projetos de infraestrutura, e os salários do funcionalismo público diminuíram.

Os cortes também alimentaram greves e protestos em grande escala, e muitos cidadãos continuam lutando para sobreviver.

Os custos de restaurantes e hotéis lideraram os aumentos mensais, enquanto manutenção e equipamentos domésticos registraram as menores altas. Alimentos e bebidas não alcoólicas ultrapassaram o nível nacional total, com 2,9%, e aluguel e serviços públicos ficaram abaixo, com 1,9%.

Em meados de abril, o governo de Milei suspendeu o controle cambial que restringia a compra de moeda estrangeira e implementou uma banda de câmbio flutuante divergente, fixada entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar.

Analistas ouvidos pela Reuters no início deste mês previram que a inflação mensal poderia desacelerar ainda mais para 2% no segundo semestre de 2025. Uma recente pesquisa de expectativas de mercado do Banco Central previu que a inflação desaceleraria para 2% em julho e 1,8% em agosto.

A pesquisa previu que a inflação terminaria o ano em 31,8%.

No início desta semana, Milei disse que poderia "não haver mais inflação" na Argentina até meados do próximo ano.

(Reportagem de Sarah Morland e Walter Bianchi; reportagem adicional de Horacio Soria)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.