Calendário Econômico: Inflação no Brasil, EUA dá tom em semana de balanços na B3
Investing.com — A inflação do índice de preços ao consumidor de Tóquio cresceu mais do que o esperado, atingindo uma máxima de dois anos em abril, em meio à recuperação dos gastos privados, com o forte resultado intensificando especulações sobre novos aumentos nas taxas de juros pelo Banco do Japão.
O IPC de Tóquio cresceu 3,5% na comparação anual em abril, acima dos 2,9% do mês anterior, conforme mostraram dados do governo na sexta-feira.
O núcleo do IPC de Tóquio, que exclui os preços voláteis de alimentos frescos, subiu 3,4% na comparação anual, atingindo uma máxima de dois anos em abril. O resultado foi superior às expectativas de 3,2% e aumentou significativamente em relação aos 2,4% observados no mês anterior.
Excluindo tanto alimentos frescos quanto custos de energia, o núcleo do IPC disparou para 3,1%, acima dos 2,2% do mês anterior. A leitura do núcleo é observada de perto pelo BOJ como um indicador da inflação subjacente, e avançou ainda mais acima da meta anual de 2% do BOJ.
Os dados de inflação de Tóquio geralmente anunciam uma tendência semelhante na inflação nacional, dada a dominância da região na economia japonesa.
Os dados de sexta-feira surgem apenas dias antes de uma reunião do BOJ, onde se espera amplamente que o banco central mantenha as taxas de juros inalteradas em meio à crescente incerteza sobre a economia global e as tarifas comerciais dos EUA.
Mas a inflação em constante aumento dá ao BOJ mais espaço para elevar ainda mais as taxas de juros, após um aumento de 50 pontos-base no início deste ano.
Outra rodada de aumentos salariais expressivos — resultantes das negociações salariais da primavera — deve impulsionar o consumo privado, sustentando a inflação nos próximos meses. Espera-se que essa tendência provoque mais aumentos nas taxas e medidas hawkish do BOJ.
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