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Inflação nos EUA: Expectativa é de que indicador atinja o pico e pressione o Fed

Publicado 12.07.2022, 11:20
Atualizado 12.07.2022, 12:02
© Reuters.

© Reuters.

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - O avanço inflacionário americano é o foco no noticiário econômico desta semana, tendo em vista que o indicador servirá como base para tomada de decisão durante a próxima reunião das autoridades do Federal Reserve Fed, o banco central dos Estados Unidos.

A média das estimativas de analistas compilada pelo Investing.com é de uma disparada de 8,8% para a inflação anual em junho, o que seria o patamar mais alto da história recente. Para o indicador mensal, a projeção é de 1,1%, acima do 1% de maio. O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que exclui itens voláteis como energia e alimentação, tende a mostrar aumento de 0,6% no mês e 5,7% no ano, segundo as mesmas estimativas dos agentes do mercado. Os dados serão divulgados nesta quarta-feira, às 9h30 (horário de Brasília).

Nicole Kretzmann, economista-chefe da Upon Global Capital, que considera as mesmas estimativas, reforça que esses valores são claramente muito altos, bem acima da meta do Fed, e são puxados em boa parte pelo aumento dos combustíveis. A economista considera dois pontos principais para avaliação nesta quarta.

“Se já está havendo queda do preço de bens de consumo causada por excesso de estoque dos principais varejistas e como virá a alta em serviços, que seguem sofrendo pressão altista pela dificuldade de contratação de mão-de-obra”, explica. Kretzmann destaca outros itens relevantes para ajuste de política monetária, como moradia e automóveis, que também serão acompanhados de perto. “Moradia é um termômetro importante de quanto a economia está aquecida e qual é a velocidade do repasse das altas recentes. Já os preços de automóveis são bons indicadores para determinar se as disrupções na cadeia global de produção estão sendo normalizadas”, completa.

LEIA MAIS: Taxas de hipoteca nos EUA têm o maior pico de uma semana desde 1987

João Beck, economista e sócio da BRA, concorda que a inflação americana deve 8vir forte e surpreendendo por conta dos combustíveis. A projeção também é de que o IPC atinja seu pico e comece a declinar, com preços de commodities e combustível caindo, além dos efeitos da alta das taxas de juros do Fed. “Mesmo tendo cedido nos dias recentes, os combustíveis ainda devem deixar esse recuo somente para o registro de julho. O setor que deve contribuir também para uma inflação alta é o de tarifas aéreas e veículos (tanto novos quanto usados) em que a cadeia de produção ainda não mostra sinais de estabilização”, detalha.

IPC e Fed

Nesta segunda-feira, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse que se não houver uma melhora no ritmo do avanço inflacionário, a autoridade monetária teria justificativa para outro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros após a reunião no final deste mês. Segundo Bostic, a atual taxa dos fed funds - entre 1,5% e 1,75% - ainda estaria "estimulativa" para a atividade econômica americana.

“O controle inflacionário precificado se dará por uma eventual recessão para os americanos, algo que o Fed vem a todo custo tentando evitar. Mantemos por enquanto a perspectiva de que o Fed subirá o juro em 75bps, seguido de dois aumentos de 50bps e outros dois de 25bps, mas estes últimos parecem menos factíveis nesse momento”, acredita o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Já a previsão da Oxford Economics é de que o Fed leve seu juro básico para o intervalo de 3,75-4% ao ano já no início do ano que vem, o que considera um aperto monetário de aproximadamente 1,75-2 pontos acima do seu juro neutro. “Esse cenário toma como premissa uma projeção de inflação que vai ficar ao redor de 8,5% no próximo trimestre e começar a reduzir rápido depois disso, fechando esse ano em 7,3% e 1,7% no ano que vem. Estamos bastante otimistas e acreditamos que a inflação deve cair rápido no ano que vem por causa das nossas projeções para o preço de commodities”, diz o economista Felipe Camargo, que estima o barril de petróleo WTI, referência nos Estados Unidos, em R$90 no ano que vem.

CONFIRA: Monitor da Taxa de juros do Federal Reserve

Influência nas ações

Como a inflação influencia na taxa de juros americana, também interfere nos preços de ativos de renda variável, como ações. Em nota a clientes, Christopher Harvey, analista sênior do Wells Fargo (NYSE:WFC) (BVMF:WFCO34), afirmou que ativos de risco podem ter recuperação de curto prazo após a divulgação do relatório de inflação de junho. Segundo o analista, as ações só cairiam em caso de uma “leitura de inflação muito acima do consenso”.

“Nossa expectativa é que as ações tenham um repique de curto prazo (rali de apetite para o risco) se o IPC geral vier em linha, levemente acima ou bem abaixo do consenso de 1,1% mensal (total) e 0,5% mensal (núcleo)”, pondera Harvey.

LEIA MAIS: Ações de crescimento podem disparar após inflação de junho nos EUA, segundo Wells Fargo


Juros nos EUA e países emergentes

Altas nos fed funds americanos podem fazer com que outros países elevem também suas taxas de juros, visando normatizar o câmbio - e aumentando o risco em caso de grande comprometimento de dívidas públicas. Os impactos de elevações nas taxas de juros americanas podem ser elevados devido à relação com a solvência fiscal de muitos países, de acordo com o economista da Oxford Economics.

“Foi durante o aperto do Fed em 2018-19 junto da guerra comercial que a Argentina foi obrigada a pedir moratória e solicitar socorro ao FMI [Fundo Monetário Internacional], por exemplo. Países com elevado endividamento externo estão fortemente expostos a essas questões de solvência fiscal. Além disso, existem pressões na taxa de câmbio e demais preços de ativos locais, o real se depreciou 11,5% em junho, e estamos notando movimento similar em quase todos os latino-americanos desde então”, conclui Camargo.

Últimos comentários

Isso que dá colocar esquerdista em um país que tem uma das maiores economias, EUA está fazendo Superávit de moradores de rua e em alguns estados usuários de drogas, mas tudo bem, é esquerda, então pode seguir o caminho da Argentina ou Venezuela. Os Americanos estão arrependidos até o talo.
É inadmissível, Joe Biden pegou a economia americana com vacina, pandemia controlada, mídia corporativa do lado dele é ainda consegue ser pior que Jimmy Carter.
não caiam no conto do vigário....Brasil está cheio lotado de golpistas querendo seu suado dinheirinho ainda mais se for cripto
Bolsonaro reeleito, Luladrão na cadeia!
Volta logo Lula 🌟🌟🌟
pra cadeia
A inflação - hoje -é causada basicamente pelo preço dos combustíveis. Ponto final. Quem tem inflação por emissão de papel moeda sem lastro só a Argentina, venezuela e Cuba. O FED não emitiu papel sem lastro, o que ele fez foi injetar RESERVAS, dinheiro economizado exatamente para esats situações. Há uma relação direta entre qualidade de vida e estado de bem estar social com os números do PIB. PIB é proporcional á criação de empregos. Logo a manutenção do poder de compra dos mais pobres garante que não haja desemprego, que reduz o PIB. Por isso por onde Bozo passa é ovacionado, criou 4 milhões de empregos, PIB de 4.6.
Inflação: Chile 12,5% e Brasil 11,8%= Inflação global
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk(essa foi muito boa)
 TAMBÈM E PRINCIPALMENTE AGORA!!!!!! Qual o motivo da inflação pra voc~e?
 não ainda. Mas espere, o mercado precifica a expectativa
*** QUE VERGONHA *** Inflação de 8% é refresco perto dos 12% do CAPETÃO 🇧🇷
 há uma diferença gritante, economicamente falando, ao comparar tão simploriamente assim as duas economias. Lembre-se que, em 2008, com a quebradeira de corporações pelo mundo, os EUA ergueram grandes bancos norte americanos e a GM, que estão aí gigantes. Se fosse no Brasil, tanto naquela época como na atualidade, essas corporações viravam pozinho nas mãos dos investidores.
Aceita…PT vai entrar aqui e como toda boa e velha esquerda…vamos virar uma venezuela…dolarize seu patrimonio que vc compra a casa desses ptistas por 10 dolares qdo o lula transformar isso aqui na venezuela
 veja... o PT esteve a 13 anos no poder e nunca virou uma Venezuela. Ao contrário, o Bolsonaro sim transformou o Brasil em uma Venezuela com DÓLAR CARO onde chegou a bater R$ 5,70 + IPCA 12% + 13,25% + DIESEL batendo nos R$ 7 faltando comida no prato do povo que, agora, irão receber BOLSO ESMOLA para manter o povo 😎👉👉 REFÉM DO ASSISTENCIALISMO.
E quem disse que a continha do "fique em casa" não chegaria? Eu acho que ainda é pouco.
Escolheram um esclerosado fraco para ser Presidente da maior potência do Mundo. Olhem o resultado. Argentina e Chile, escolheram o “Foro de São Paulo” e olhem a desgraça. Por aqui, querem um cara condenado por dez Juízes
Aceita que dói menos ; )
NAO É O DOLAR QUE ESTÁ FORTE, É O EURO QUE ENFRAQUECEU POR CAUSA DA GUERRA, OS EUA E EUROPA ACHAVAM QUE NAO IAM TER PROBLEMAS PROVOCANDO A RÚSSIA.
É o diferencial de juros, periquito. Juros.
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