Investing.com – A inflação nos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ficou estável em outubro, abaixo dos 0,1% esperados e do dado anterior, com variação positiva de 0,4%.
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Assim, o indicador anual apresenta alta de 3,2%, contra 3,3% esperados e 3,7% prévios.
O núcleo da inflação, que desconsidera itens mais voláteis, apresentou elevação de 0,2%, ante projeção e prévia de 0,3%.
Assim, o núcleo registra acréscimo anual de 4%, contra 4,1% da expectativa de consenso e informações do mês anterior.
O resultado acionou o sentimento de apetite ao risco nos mercados. No Brasil, o Ibovespa Futuro acelerou alta para 1,52%, rompendo os 123 mil pontos. O dólar aprofundou a queda para R$ 4,8525, baixa de 1,09%
Nos índices futuros de Wall Street, destaque para o Nasdaq 100 Futuros, com alta de 1,5%, enquanto o S&P 500 Futuros acelerava para 1,08% e o Dow Jones Futuros avançava 0,82%.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, avalia que o indicador continua com evolução favorável tanto no índice cheio quanto no núcleo, o que reforçaria a tese de que os juros americanos podem ter atingido um teto.
“Isso não quer dizer que o Fed possui espaço para cortar juros uma vez que o dado e seu núcleo ainda se encontra bem acima da meta estipulada pelo Fed, mas denota que o caminho, ou a trajetória inflacionária parece benigna”.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, afirma que o setor de serviços continua como “o principal responsável por manter os números elevados, com o mercado de trabalho ainda aquecido contribuindo para pressionar os custos. Apesar do dado mais fraco em outubro, a inflação segue resiliente”.
Rodrigues concorda com o entendimento de que o Fed, com esses números indicando desaceleração, não tende a subir os juros novamente neste ano.
“Acreditamos, no entanto, que cortes de juros só devem começar de forma gradual no fim de 2024, mantendo os juros americanos no maior patamar dos últimos 20 anos”, conclui.