Investing.com – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,24% no mês de outubro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa consensual era de 0,29%. Em setembro de 2023, o IPCA foi de 0,26%.
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O indicador acumula elevação de 3,75% neste ano. Considerando os últimos 12 meses, a inflação passa de 5,19% para 4,82%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços avaliados pelo instituto registraram variação positiva no mês passado. A alta foi de 0,35% em transportes e de 0,31% para alimentação e bebidas. A única retração foi do grupo comunicação, com baixa de 0,19%.
A alimentação no domicílio apresentou acréscimo de 0,27%, mudando a tendência após quatro diminuições seguidas. Enquanto isso, a alimentação fora do domicílio acelerou a alta e subiu 0,42%.
As passagens aéreas pesaram no grupo transportes, com disparada de 23,70%. Esse foi o subitem com a maior contribuição individual em outubro, segundo o instituto. Por outro lado, combustíveis apresentaram queda, incluindo gasolina, etanol e gás veicular. Apenas o óleo diesel teve valorização nos preços no mês de outubro.
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Segundo Maykon Douglas, economista da Highpar, ainda que haja alta nos alimentos, o qualitativo continua benigno. “O número corrobora a atenuação de fatores que outrora contribuíram para o primeiro estágio de desinflação (concentrado em itens mais voláteis), como bens industriais e alimentos, cujo segundo surpreendeu na margem e demanda atenção por conta do El Niño”.
Rafael Costa, do time de estratégia macro da BGC Liquidez, considerou o dado favorável, ainda que os alimentos sejam um ponto de atenção. “A baixa inflação (e surpresa baixista) registrada na inflação da média dos núcleos foi um bom sinal, reforçando um cenário de desinflação consistente. O fato de a inflação de serviços subjacentes ter vindo em linha (e em patamar historicamente baixo) também reforça o cenário de desinflação consistente”.
Flávio Basílio, doutor em Economia e professor da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, avalia que “o número reforça a ideia de que a inflação está sob controle e de que a autoridade monetária pode manter a trajetória de queda da taxa básica de juros”, reforça, também mencionando riscos relacionados a despesas com alimentação e transportes, que possuem relevância no orçamento dos consumidores.