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IPCA: Inflação sobe 0,61% em abril, puxada por alta nos medicamentos

Publicado 12.05.2023, 09:04
Atualizado 12.05.2023, 09:07
© Reuters.

Investing.com – A inflação brasileira medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,61% em abril, informou nesta sexta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado veio acima das projeções consensuais, que eram de uma variação de 0,54%. Com isso, o indicador em doze meses chegou a 4,18%, contra os 4,10% esperados. Em março, o índice subiu 0,71%, com IPCA anual de 4,65%. Em abril de 2022, a variação havia sido de 1,06%.

Fatores de impulso da inflação

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram elevação, segundo informou o instituto, com destaque para saúde e cuidados pessoais, que representou o maior impacto, de 0,19 ponto percentual, e a maior variação, atingindo 1,49%.

Reajustes autorizados para os produtos farmacêuticos e altas nos preços de planos de saúde puxaram o indicador para cima, enquanto itens de higiene pessoal desaceleraram, principalmente os perfumes.

O grupo alimentação e bebidas subiu 0,71%, com alta na alimentação no domicílio, que havia apresentado deflação no mês de março.

A inflação nos transportes, que já era esperada pelos economistas, subiu 0,56%, mas desacelerou frente a março, quando foi de 2,11%. Enquanto o etanol subiu no mês, os outros combustíveis contribuíram como força contrária. As passagens aéreas, por sua vez, dispararam 11,97% em abril, contra uma queda de 5,32% no mês de março. Este foi o subitem com maior impacto no indicador oficial de inflação.

O destaque dessa divulgação segue sendo os núcleos de inflação, que voltaram a acelerar no mês de abril, segundo Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital. “A inflação de serviços, por sua vez, é a mais resiliente. Observar em que patamar a inflação dessa parte do índice consegue se estabilizar é importante para entendermos o quanto a política monetária ainda terá de trabalho. A desinflação desse grupo de itens deverá acontecer em dois estágios: a primeira já aconteceu, com reajuste de preços relativos na economia. A segunda, mais custosa, fruto do efeito de aperto monetário na economia, é a que está em curso”, detalha.

Apesar do indicador abaixo do limite superior da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, o mercado ainda aposta em uma inflação acima da meta neste ano. Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad, destaca que, nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, o Brasil teve uma deflação considerada “artificial” devido à diminuição nos impostos relacionados a combustíveis, “algo que não deve voltar a acontecer neste ano”.

Também foi divulgado pelo IBGE o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que subiu  0,53% em abril, abaixo do registrado em março, com 0,64%. No ano, o IPC acumula alta de 2,42% e 3,83% em doze meses. O indicador em abril do ano passado atingiu 1,04%.

Dados prévios

A prévia da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo do meio do mês (IPCA-15) registrou alta de 0,57% em abril, ou 4,16% em doze meses. As maiores altas no indicador prévio foram nos grupos de transportes, saúde e cuidados pessoais.

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