👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

IPCA desacelera em março e taxa em 12 meses tem menor nível em 2 anos mesmo com peso de gasolina

Publicado 11.04.2023, 09:03
Atualizado 11.04.2023, 10:11
© Reuters.
ETHc1
-

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A inflação oficial ao consumidor no Brasil foi pressionada em março pela reoneração dos preços de combustíveis, mas ainda assim mostrou desaceleração ante o mês anterior e a taxa em 12 meses foi ao nível mais fraco em cerca de dois anos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, depois de ter avançado 0,84% em fevereiro, mostraram os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Isso levou o índice a acumular nos 12 meses até março taxa de 4,65%, contra 5,60% antes, a mais baixa e a primeira vez abaixo de 5% desde janeiro de 2021.

Com isso, também fica abaixo do teto da meta a inflação, que para este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

As leituras de março ficaram abaixo das expectativas de analistas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,78% no mês e de 4,70% em 12 meses..

Entre analistas, a expectativa é de que a inflação no Brasil deve desacelerar aos poucos à frente, em um cenário de política monetária restritiva e atividade econômica contida.

Depois de o IPCA ter sofrido em fevereiro o impacto sazonal do aumento dos custos de Educação, em março foi a gasolina que pesou no bolso dos consumidores, em meio ao retorno da cobrança de impostos federais no início do mês.

O maior peso individual sobre o resultado do IPCA de fevereiro partiu da alta de 8,33% da gasolina, levando o grupo Transportes a subir 2,11%, maior variação no mês. O etanol teve alta de 3,20% em março.

“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre esses combustíveis a partir de 1º de março", explicou o analista da pesquisa, André Almeida.

"Observamos em março uma inflação mais influenciada por monitorados do que serviços", completou.

Também se destacaram no mês os avanços de 0,82% de Saúde e cuidados pessoais e de 0,57% em Habitação.

Por outro lado, os preços do grupo Alimentação e bebidas, com forte peso no bolso do consumidor, tiveram variação positiva de apenas 0,05%, em meio à queda de 0,14% da alimentação no domicílio em março.

Ponto de atenção, a inflação de serviços mostrou forte desaceleração ao subir 0,25% em março, de 1,41% em fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 7,63%.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, caiu a 60% em março, depois de ter alcançado 65% em fevereiro.

Em meio a críticas intensas do governo à condução da política monetária, o Banco Central manteve a taxa de juros Selic em 13,75% em sua última reunião.

Nos cálculos da autoridade monetária, a inflação deve ser em 2023 de 5,8% e em 2024 de 3,6% (ante meta de 3,00%), indo a 3,2% em 2025 (meta de 3,0%).

© Reuters. Bocal de bomba para abastecimento de combustível em posto de Brasília
29/03/2023
REUTERS/Adriano Machado

"Continuamos acreditando que a inflação desacelera mas ainda se mostra persistente, principalmente medidas de núcleo e serviços. É isso que faz com que a gente acredite que o Banco Central não vai ter muito espaço para baixar juros, acreditamos que o BC vai ficar em 13,75% ao longo de 2023 todo, baixando a taxa de juros só no ano que vem", avaliou Laíz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas (EPA:BNPP).

O BC calcula uma probabilidade de 83% de a inflação romper o teto de 4,75% da meta deste ano, e alertou que uma desancoragem mais persistente e prolongada das expectativas de inflação aumenta muito o custo de reduzir a alta da inflação.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 5,98%, indo a 4,14% em 2024.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.