Lula diz que não é favorável à estatização de tudo, mas defende Correios, Eletrobras e Petrobras estatais

Publicado 17.02.2022, 13:31
Atualizado 17.02.2022, 17:45
© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo
29/01/2022 REUTERS/Carla Carniel

BRASÍLIA (Reuters) -O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que não é a favor da estatização em todos os setores da economia, mas defendeu que algumas empresas estratégicas precisam ter participação do Estado, nem que seja no formato de economia mista.

"Eu não sou favorável à estatização de tudo não. Eu acho que apenas as empresas estratégicas, que atendam os interesses soberanos do país, que têm de ter a participação do Estado, que pode ser empresa de economia mista", disse Lula em entrevista à rádio Progresso, do interior do Ceará.

O ex-presidente e provável candidato à Presidência, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro, afirmou que pretende fortalecer empresas estatais como a Eletrobras (SA:ELET3) e os Correios, que estão em processo de privatização pelo atual governo, além da Petrobras (SA:PETR4).

Esta semana Lula já havia criticado a possibilidade de privatização da Eletrobras, que teve a primeira etapa do processo aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O ex-presidente também voltou a falar sobre a Petrobras e criticou a dolarização do preço dos combustíveis no país.

"Sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas vamos abrasileirar o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro, porque investimento é feito em real", disse.

Lula afirmou que está sendo feita uma "canalhice" com a empresa e que foram inventadas "mentiras" para desestruturá-la.

"Uma coisa que me deixa irritado é a canalhice que estão fazendo com a Petrobras. A Petrobras não é apenas uma empresa de petróleo, é uma empresa de grande investimentos, é uma empresa de tecnologia", disse.

Mais uma vez, o ex-presidente deixou claro que não está preocupado com o mercado financeiro. "Eu não vou pedir voto para o mercado, eu vou pedir voto para o povo brasileiro. Na hora que o povo estiver podendo comprar as coisas, ele vai ser a coisa mais importante para o mercado", disse Lula.

"Nunca os empresários ganharam tanto dinheiro como no meu governo, nunca se aumentou tanto salário, nunca teve tanta política social, em uma demonstração que o que faz bem para a economia é a inclusão."

(Reportagem de Lisandra ParaguassuEdição de Eduardo Simões e Pedro Fonseca)

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