Lula sanciona isenção de IR para quem ganha até R$5 mil e taxação mínima para rendas altas
Por Andy Bruce e David Milliken
LONDRES (Reuters) - A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, apresentou nesta quarta-feira um orçamento que irá cobrar mais impostos dos trabalhadores, das pessoas que poupam para a aposentadoria e dos investidores, em busca de uma margem maior para cumprir suas metas de endividamento.
O órgão fiscalizador do país, o Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês), reduziu suas previsões de crescimento para a economia britânica nos próximos anos.
No entanto, em um dado acompanhado de perto pelos investidores que avaliam os riscos de endividamento do Reino Unido, o OBR indicou que o governo agora terá mais que o dobro da reserva anterior para cumprir as metas fiscais, mesmo aumentando os gastos com bem-estar social.
Esse resultado se deve em grande parte a mais de 26 bilhões de libras em novos ganhos com impostos, que ocorreram pouco mais de um ano depois de Reeves ter ordenado aumentos de tributos de 40 bilhões de libras -- os maiores desde a década de 1990. Ela havia prometido que os aumentos do ano passado seriam pontuais.
"Sem dúvida, enfrentaremos oposição novamente. Mas ainda não vi um plano alternativo crível ou mais justo para os trabalhadores", disse Reeves, sob aplausos dos deputados do Partido Trabalhista no parlamento.
"Estou pedindo a todos que façam uma contribuição, mas posso manter essa contribuição o mais baixa possível porque farei novas reformas em nosso sistema tributário hoje, para torná-lo mais justo e garantir que os mais ricos contribuam mais."
O OBR afirmou que a margem de manobra -- a quantia de gastos extras ou cortes de impostos que o governo pode realizar sem ultrapassar as regras orçamentárias -- agora é de quase 22 bilhões de libras em cinco anos.
Em março, o OBR havia previsto uma margem de segurança de 9,9 bilhões de libras, um nível historicamente baixo.
O OBR afirmou em sua avaliação orçamentária que os aumentos de impostos planejados por Reeves arrecadariam 26,1 bilhões de libras anualmente até 2029-30, principalmente devido a um congelamento mais longo dos limites a partir dos quais as pessoas começam a pagar imposto de renda e por conta de uma alíquota mais alta desse imposto.
A prorrogação por dois anos do congelamento dos limites de isenção do imposto de renda -- que foi introduzida inicialmente pelo governo conservador anterior -- arrecadaria 8 bilhões de libras adicionais no ano fiscal de 2029/30, afirmou o OBR.
(Texto de William Schomberg)
