O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou nesta 6ª feira (19.abr.2024) a desaceleração do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de março. Entretanto, indicou cautela em relação às ações da autoridade monetária.
“Nós não reagimos a um número, mas é importante ver que no final –quando você olha para um horizonte ou se você olhar para uma média– os números estão convergindo para o que nós achamos ser razoável”, declarou em uma reunião com investidores organizada pelo Bank of America (NYSE:BAC).
A inflação do Brasil terminou março em 0,16%. O indicador é medido pelo IPCA. Houve desaceleração em relação a fevereiro, quando a alta dos preços foi de 0,83%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A principal relação do Banco Central com o indicador está ligada à taxa básica de juros, a Selic. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
“Precisamos avaliar. Acho que o último número tem confirmado o que dissemos no passado, que não podemos reagir com números de curto prazo. Precisamos ver outras tendências”, declarou.
Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano. Espera-se que a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) tenha uma nova redução de 0,5 ponto percentual em 8 de maio.