Investing.com - A economia dos EUA criou 199 mil empregos não-agrícolas em novembro, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 08 de dezembro, acima do esperado. A previsão dos economistas era uma adição de 180 mil vagas no período. O resultado é ainda superior aos números prévios de 150 mil novos empregos.
A taxa de desemprego ficou em 3,7% da força de trabalho, uma queda em relação ao mês anterior e projeções de 3,9%.
Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA subiu de 62,7% para 62,8%.
CYBER MONDAY Prorrogada: Tenha mais desconto no plano bianual com cupom “investirmelhor”
O salário médio por hora no mês passado variou 4,0% na base anual, conforme projeções e dado prévio revisado.
Após a divulgação dos dados, às 10h35 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 Futuros registravam baixa de 0,68%, S&P 500 Futuros caíam 0,42%, e Dow Jones Futuros estava em retração de 0,33%.
Já o Ibovespa Futuros passou a cair 0,07% e o dólar no Brasil passou a subir 0,06%, a R$4,9143.
Com o resultado, “arrefeceu-se marginalmente a perspectiva de a fed funds rate tenha corte tão precoce quanto o mercado apontava, preponderante em março do ano que vem”, avalia o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Os dados reforçam a incerteza sobre a política monetária americana, na opinião de Paula Magalhães, economista-chefe da A.C. Pastore Consultores. “O Fed deixou bem claro que eles vão ser data driven, serão orientados pelos dados. Óbvio que não vai ser só um dado, eles vão olhar a economia como um todo, mas ainda gera uma incerteza adicional na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central”, destaca.
Mesmo com a divulgação, Marcelo Oliveira, CFA e sócio-fundador da Quantzed, segue com a expectativa de baixa de juros pelo Fed entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024. “Para a reunião de dezembro, com esses dados fortes de payroll, apesar de números bons do ADP e relatório JOLTs, podem segurar e trazer um Fed mais cauteloso fazendo com que o mercado fique com um pé atrás ainda se realmente vamos ter uma queda de juros mais rápida”, pondera.