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Selic: Copom continua ciclo de cortes e reduz juros em 0,5 pp

Publicado 20.09.2023 18:41 Atualizado 20.09.2023 19:42
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© Reuters.

Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em 0,5 ponto porcentual, indo a 12,75% ao ano, de acordo com a divulgação da instituição nesta quarta-feira (20). Com isso, o órgão do Banco Central mantém ciclo de cortes na taxa básica de juros, que foi iniciado na última decisão de agosto.

A última vez que a taxa havia estado nesse nível foi em maio do ano passado, quando o BC ainda estava levando adiante o ciclo de aperto monetário da economia. A decisão, que foi unânime, veio em linha com o esperado pelos analistas entrevistados pelo Investing.com.

Neste comunicado, as autoridades do BC destacaram as metas fiscais. "Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas", pontuam.

"Notamos o acréscimo que demonstra a atenção do Banco Central com a questão fiscal, quando os membros reforçam a necessidade de firme persecução das metas de resultado primário, num momento em que a eventual mudança da meta para 2024 ronda o governo. Embora a questão fiscal já não seja citada como um risco em si para a inflação, o ônus reputacional de uma mudança prematura da meta (e possível efeito sobre expectativas) importa muito", avalia Maykon Douglas, economista da Highpar, que manteve a expectaiva de manuteção dos cortes de 50 bps nas duas próximas reuniões. 

Para Rodrigo Cohen, analista de investimentos, tudo vai depender do que vai acontecer daqui para frente em relação a inflação. "Acredito que o maior receio fica muito mais até o final desse ano porque o cenário externo está muito mais incerto em relação a inflação lá fora que ainda não foi controlada, principalmente nos Estados Unidos, com um FOMC mais hawkish, mesmo mantendo os juros inalterados. A China vem mostrando uma desaceleração também. O Copom comentou também que o Brasil pode desacelerar daqui para frente e isso deve fazer com que eles mantenham as quedas de forma similar nas próximas reuniões.", completa. 

Por sua vez, Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, comunicado elimina essa possibilidade de qualquer queda de 0,75 p.p."Ele ressalta ainda que há muita incerteza com relação ao mercado externo, preocupação com relação a resiliência da atividade aqui no Brasil que pode gerar pressões inflacionárias. O comunicado ressalta ainda que tem que é necessário ter serenidade e moderação com relação ao processo de flexibilização monetária, ou seja, indicando que o comitê vai ser cauteloso com relação a esse ritmo de corte da taxa de juros", reforçou.

Veja abaixo a íntegra do comunicado

O ambiente externo mostra-se mais incerto, com a continuidade do processo de desinflação, a despeito de núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. O Comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes.

Em relação ao cenário doméstico, observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas o Copom segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. Como antecipado, ocorreu uma elevação da inflação cheia ao consumidor acumulada em doze meses no período recente. As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,9%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência* situam-se em 5,0% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,1% em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 10,5% em 2023, 4,5% em 2024 e 3,6% em 2025.

O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.  

Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas.

Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Gabriel Muricca Galípolo, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

 

* No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 4,90, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária "verde" em dezembro de 2023, de 2024 e de 2025. O valor para o câmbio é obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Selic: Copom continua ciclo de cortes e reduz juros em 0,5 pp
 

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Comentários (41)
Rafael Lindo
Rafael Lindo 21.09.2023 9:56
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já dá pra subir mais imposto agora...
Patty Faria
Patty Faria 20.09.2023 23:28
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Sabotador News: Pela primeira vez em 16 anos, o Brasil deve ter um desemprego abaixo de 8%, inflação abaixo de 5% e PIB acima de 3%.
Celso Louzada
Celso Louzada 20.09.2023 23:28
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Bolsonaro pegou 14 milhões de desempregados e terminou seu mandato em 8.9 milhões... deixa de ser mentiroso.
Rafael Lindo
Rafael Lindo 20.09.2023 23:28
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agora fala dos desalentados...
Gilberto Carmo
Gilberto Carmo 20.09.2023 22:28
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A bozolândia, que só sabe investir no TD, tá f@dida!!!
Luis Henrique Da Silva Jardim
Luis Henrique Da Silva Jardim 20.09.2023 22:28
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The bozoland havia die
Ari Felipe
Ari Felipe 20.09.2023 22:23
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Cortar juros seria bom se os EUA tbm estivessem cortando ou mantendo sempre sem o agumento de altos por mais tempo! O que os investidores irão realizar amanhã? Para onde irá o investidor estrangeiro que é majoritariamente o fluxo determinante? Com o atual governo taxando compras, impostos sindicais voltando, emendas parlamentares, rombos nos gastos com criação de novos ministérios e desacordo com parlamentares e o próprio Haddad com metrica de déficit fiscal para 2024!! Não é um bom momento para cortar selic visando que o pib do brasil esta subindo ou seja os juros nao estão altos assim mas correlacionados. O BC segurando mais os juros iria atrais mais investidores estrangeiros para as rendas fixas do próprio governo! Infelizmente se o EUA aumentar na próxima reunião e o BOJA(BC) japonês virar a chave de juros negarivo para positivo diga adeus para bolsas emergentes… sigo vendido em ibov,nikkei,hang seng e dow! Abraco e boa sorte a todos .
Ari Felipe
Ari Felipe 20.09.2023 22:23
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Rendas fixas do Brasil me refiro aos ipca pré fixado de 2026 e 2030! Tesouro descarto por ser mais volátil perdendo mais prêmio com diferença de juros de 1 ano!
Gustavo Martins
Gustavo Martins 20.09.2023 22:23
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que vc tá falando? trazer investidor em juros? isso não gera nada na economia, só gera um rombo de 40bi a cada ponto que vai pra capital especulativo, que some no primeiro sinal de lucro melhor em outro lugar, e o trabalhador paga a conta, o dinheiro de orçamento secreto mesmo sendo algo absurdo ainda é menos pior que isso pelo menos ainda tem q investir em algo superfaturado aqui dentro da economia, gerando algum emprego, fora que os montantes são bem menores.
roberto gadioli
roberto gadioli 20.09.2023 22:23
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per.deu mané , não amola
Ferreira Ferreira
Ferreira_ 20.09.2023 22:22
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Não defendo governos X ou Y, apenas analiso a realidade do mercado e aproveito as oportunidades, pois se for operar com base em governos me quebro. Mas aqui pra nós, Lula assumiu em 2003 com o Ibov por volta dos 8.500 e no final do mandato em 2010 estava por volta de 71.000 pontos. Imagina quem deixou de investir por conta de governo o quanto deixou de ganhar.
Jorge Ck
Jorge Ck 20.09.2023 22:20
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Só quero saber da prisão do bozo e do choro dos gados.
Rafael Lindo
Rafael Lindo 20.09.2023 22:20
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nem liberaram o consumo de drogas e o cara já ta doidao...
Wanderlei Azuma
Wanderlei Azuma 20.09.2023 21:53
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BC Amarelando!!!
Gilberto Carmo
Gilberto Carmo 20.09.2023 21:53
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Bob Neto fez o L com o peniqinho da Barbie na mão
Rafael Lindo
Rafael Lindo 20.09.2023 21:53
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ibovespa vai adorar a intervenção...
Wanderlei Azuma
Wanderlei Azuma 20.09.2023 21:52
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O BC está amarelando!
Luiz Antônio Ferreira
Luiz Antônio Ferreira 20.09.2023 21:36
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Sem novidades, apesar da grande pressão governamental.
Patty Faria
Patty Faria 20.09.2023 21:36
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O Povão oPTou democraticamente por mudanças o que inclui o carnezinho .
Valmi Fialho
Valmi Fialho 20.09.2023 21:20
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Amanhã dólar 3,50...bolsa nas alturas, fila para compras na magalu e bahia....tudo que os economistas esquerdista mãe dina especula.
Luiz Antônio Ferreira
Luiz Antônio Ferreira 20.09.2023 21:20
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Vai sonhando, vai...
Valmi Fialho
Valmi Fialho 20.09.2023 21:20
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O Campos tem que fazer aulas com o pessoal do Fed .
 
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