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Investing.com – O desemprego recuou para 6,8% no trimestre encerrado em julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme esperado pelo mercado. No trimestre encerrado em junho, a taxa era de 6,9% O indicador caiu também em relação ao trimestre de fevereiro a abril, quando era de 7,5% e frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, em 7,9%.
De acordo com o instituto, esse é o menor índice para um trimestre encerrado em junho na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que teve início no ano de 2012.
O instituto indicou ainda que a ocupação conquistou patamares recordes nos setores privado e público. A população desocupada atingiu 7,4 milhões, menor patamar desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Enquanto isso, a população ocupada chegou ao recorde de 102,0 milhões. O nível de ocupação foi o mais elevado para um trimestre encerrado em julho desde 2014. A população desalentada somou 3,2 milhões, menor nível desde o trimestre encerrado em junho de 2016.
A taxa de informalidade contempla 38,7% da população ocupada, totalizando 39,4 milhões de pessoas, enquanto o rendimento real habitual de todos os trabalhos somou R$3.206, uma expansão anual de 4,8% no ano. A massa de rendimento real habitual subiu 7,9% no ano e chegou ao nível de R$ 322,4 bilhões.
O economista André Perfeito reforça que os dados são positivos, mas o momento é de que as notícias ruins para a atividade seriam boas, tendo em vista as pressões inflacionárias. “Não importa se o mesmo salário real variou zero na margem, provavelmente os analistas irão apenas usar os dados de hoje da PNAD para reiterar a perspectiva de alta da Selic em setembro”, destaca.
A leitura reforça a visão de um mercado de trabalho apertado, com expansão do emprego formal e pressões salariais, completa Maykon Douglas, economista da Highpar. “Isto justifica a preocupação do Banco Central com a inflação mais sensível à demanda, que deve seguir pressionada nos próximos meses e exigirá ainda mais cautela para a política monetária”.