Resultados do 2º tri da Nvidia superam expectativas, mas ações caem por receita fraca de data centers e riscos na China
Por Twesha Dikshit e Johann M Cherian e Ragini Mathur
(Reuters) - As ações europeias fecharam no menor nível em mais de uma semana nesta quinta-feira, com investidores decepcionados com uma série de balanços corporativos de empresas como a Sanofi (EPA:SASY) e a Ferrari, enquanto fabricantes de bebidas caíram diante da imposição de uma tarifa de 15% dos Estados Unidos.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,75%, a 546,11 pontos.
A temporada de divulgação de balanços está em pleno andamento na Europa esta semana, com investidores avaliando o impacto que as tarifas dos EUA provavelmente terão sobre o desempenho corporativo no restante do ano.
A Ferrari perdeu 11,7% -- marcando sua maior queda em um dia desde sua listagem há nove anos. A ação também pesou sobre o setor automotivo, que caiu quase 4%.
A montadora italiana de carros de luxo manteve suas previsões anuais e disse que reduzirá a compensação de preços que introduziu anteriormente em alguns carros vendidos nos EUA, assim que o acordo comercial entre os EUA e a União Europeia entrar em vigor. Entretanto, analistas ponderaram se a empresa poderá manter sua alta lucratividade.
A fabricante de medicamentos Sanofi caiu 7,8% depois de divulgar lucros abaixo do esperado, mas disse que o impacto das tarifas dos EUA pode ser gerenciável.
"Quando pensamos em setores como automotivo, farmacêutico e de consumo discricionário, o risco é que esses setores são particularmente vulneráveis às tarifas dos EUA", disse Craig Cameron, gerente de portfólio e analista de pesquisa da Templeton Global Investments.
"Portanto, estamos decidindo conscientemente nos afastar deles e nos concentrar mais nos setores de serviços públicos, industrial e financeiro, que são, em grande parte, impulsionados internamente e isolados das tarifas."
O setor de bancos da zona do euro continuou seu impulso ascendente, com alta de 0,7% nesta quinta-feira, e superou significativamente o desempenho do mercado mais amplo em julho. O setor registrou ganhos mensais de 49%, em comparação com a alta de 7,6% do STOXX 600
Desfazendo as esperanças dos fabricantes de bebidas, diplomatas europeus afirmaram que as exportações de vinhos e bebidas alcoólicas do bloco passarão a ser tarifadas pelos EUA até que um acordo diferente seja firmado em negociações que devem continuar no outono.
O setor mais amplo de alimentos e bebidas fechou em queda de 2,6% e foi ainda mais prejudicado por uma baixa de 11,6% na Anheuser-Busch InBev, depois que a gigante da cerveja informou uma queda nos volumes.
Em LONDRES, o índice Financial Times registrou variação negativa de 0,05%, a 9.132,81 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,81%, a 24.065,47 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,14%, a 7.771,97 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,56%, a 40.987,69 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,11%, a 14.397,00 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,65%, a 7.711,92 pontos.