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MILÃO (Reuters) - O Banco Central Europeu deve continuar afrouxando sua política monetária se as ameaças ao crescimento econômico decorrentes das tensões comerciais globais e da instabilidade geopolítica reforçarem as atuais tendências desinflacionárias, disse o membro do BCE Fabio Panetta nesta sexta-feira.
Panetta disse em uma reunião anual da associação de bancos da Itália que a perspectiva atual, que projeta a inflação da zona do euro em 1,4% no início de 2026, com um retorno a 2% no ano seguinte, é altamente incerta.
"A principal questão agora é se o nível atual da taxa de juros é adequado para manter a inflação próxima da meta, evitando desvios persistentes em qualquer direção", disse ele.
Como a inflação tem diminuído, o BCE já cortou os juros oito vezes em seu atual ciclo de afrouxamento monetário, levando a taxa de depósito para 2%.
"Se os riscos baixistas para o crescimento reforçarem as tendências desinflacionárias, será apropriado continuar com o afrouxamento da política monetária", disse Panetta.
Ele acrescentou que a experiência da última década, que viu uma fase prolongada de inflação baixa seguida por choques inflacionários violentos, mostrou que é importante reagir de forma decisiva quando a inflação se desvia da meta do BCE, seja para cima ou para baixo.
"Nos próximos meses, a abordagem da política monetária deve permanecer flexível e pragmática", disse Panetta.
"Será vital continuar avaliando (de uma reunião do BCE para a outra) as perspectivas e os riscos para a estabilidade de preços", acrescentou.
(Reportagem de Valentina Za)