PEQUIM (Reuters) - As importações chinesas de soja dos Estados Unidos em janeiro caíram 14 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior, mostraram dados aduaneiros neste final de semana, com o Brasil tomando grande fatia do maior mercado mundial da oleaginosa.
De acordo com dados, a China importou 5,82 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos em janeiro, o equivalente a 67 por cento de todas as importações.
No ano passado, a soja dos EUA representou 88,5 por cento do total importado em janeiro.
No início do ano, enquanto as exportações da nova safra do Brasil não chegam o mercado, os EUA costumam ter maior presença.
A queda na participação dos EUA em janeiro, contudo, sublinha preocupações sobre um recuo nas vendas norte-americanas para o maior comprador de soja do mundo por causa da queda dos níveis de proteína da oleaginosa norte-americana, permitindo que o Brasil atraia clientes com sua safra de maior teor protéico.
O Brasil, maior exportador global de soja, vendeu 2,07 milhões de toneladas de soja para a China em janeiro, um aumento de 720 por cento em relação ao ano anterior e equivalente a pouco menos de um quarto do total. A nação sul-americana representava apenas 3,3 por cento do total de janeiro de 2017.
As exportações de soja do Brasil também vêm sendo favorecidas por uma safra recorde no ano anterior. Na temporada atual, a colheita havia atingido na semana anterior cerca de um quarto da área total.
A participação brasileira nas importações de soja pela China cresceu para o maior nível em 2017 e parece estar expandido novamente este ano, em meio a preços competitivos.
MINÉRIO DE FERRO
As importações de minério de ferro pela China em janeiro avançaram 9,3 por cento, para 100,3 milhões de toneladas, com a Austrália dominando com 64,5 milhões de toneladas (+12,7 por cento).
O Brasil ofertou 19,6 milhões de toneladas de minério de ferro à China em janeiro, aumento de 7,5 por cento na comparação anual.
(Reportagem de Dominique Patton, Josephine Mason e Pei Li)