Investing.com - Os investidores estão se preparando para uma maior volatilidade, já que a próxima semana será dominada por vários eventos que vão mover o mercado.
O Federal Reserve realizará sua primeira reunião de política do ano na terça e na quarta-feira, com os investidores esperando mais pistas sobre o quão paciente será antes de aumentar as taxas de juros novamente.
Há também o relatório de empregos de janeiro na sexta-feira, com os efeitos dos trabalhadores do governo potencialmente impactando a taxa de desemprego.
Quanto a balanços corporativos, os resultados da Apple (NASDAQ:AAPL) na terça-feira, Microsoft (NASDAQ:MSFT) na quarta-feira e Amazon (NASDAQ:AMZN) na quinta-feira vão estar no topo da agenda.
Enquanto isso, os mercados acompanharão a próxima rodada de negociações comerciais entre os EUA e a China para ver se alguma outra notícia se materializa em meio a sinais recentes de que as duas maiores economias do mundo estão trabalhando para resolver suas diferenças.
O Brexit também ocupará as mentes, quando a primeira-ministra britânica, Theresa May, tentar obter apoio para o acordo de separação no parlamento.
Antes da próxima semana, a Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico com maior probabilidade de afetar os mercados.
1. Decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros
Não se espera que o Federal Reserve vá realizar qualquer ação sobre as taxas de juros no final da sua reunião de política de dois dias às 17h00 na quarta-feira, mantendo-as em um intervalo entre 2,25%-2,5%.
O presidente do Fed, Jerome Powell, realizará uma entrevista coletiva que acontecerá 30 minutos após a declaração do Fed, já que os investidores buscam maiores sinais de a provável trajetória de alta do banco central durante o resto do ano.
Qualquer dica de que o banco central está mais perto de encerrar a limpeza de seu balanço também estará em foco.
O Fed elevou as taxas de juros quatro vezes no ano passado e sinalizou que provavelmente elevará os custos dos empréstimos duas vezes em 2019, embora algumas autoridades do banco central tenham dito que serão pacientes e cautelosas ao elevar as taxas com os crescentes riscos para econômica americana.
2. Relatório de Empregos dos EUA
O Departamento de Trabalho dos EUA liberará o relatório de folha de pagamento não-agrícola para janeiro às 11h30 na sexta-feira.
O consenso das projeções é de que os dados mostrarão que houve acréscimo de 165.000 empregos no mês na sequência do aumento de 312.000 posições em dezembro, ao passo que a taxa de desemprego tem projeções de cair de 4,1% para 3,8%.
No entanto, a maior parte do foco provavelmente ficará nos valores médios de ganhos por hora, que devem subir 3,2% em comparação aos números de um ano antes, o mesmo ganho registrado em dezembro.
O calendário desta semana também apresenta dados do relatório sobre renda e gastos pessoais dos EUA, que inclui números da inflação dos gastos de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), a métrica preferida do Fed para a inflação.
Outros dados econômicos de grande importância que devem ser divulgados nesta semana incluem as folhas de pagamento do setor privado da ADP (NASDAQ:ADP) e a pesquisa ISM sobre a atividade do setor industrial.
3. Apple, Microsoft e Amazon se destacam em semana cheia de resultados
Três das quatro maiores empresas do mundo vão divulgar seus relatórios nesta semana, assim como cerca de um quarto das S&P 500 e quase metade das ações do Dow mantendo o ritmo temporada de resultados do quarto trimestre.
Referências no mercado de tecnologia, a Apple, a Microsoft e a Amazon divulgam resultados respectivamente na terça, quarta e quinta-feira. O Facebook (NASDAQ: FB), a sexta maior empresa em valor de mercado, também deve publicar na quarta-feira.
Alguns de outros nomes de alto perfil do setor de tecnologia que farão a divulgação nesta semana são Caterpillar (NYSE:CAT), AK Steel (NYSE:AKS), e Whirlpool (NYSE:WHR), todas na segunda-feira.
A terça-feira terá os balan;os de Verizon (NYSE:VZ), 3M (NYSE:MMM), Harley-Davidson (NYSE:HOG), Pfizer (NYSE:PFE), Lockheed Martin (NYSE:LMT), Advanced Micro Devices (NASDAQ:AMD), e eBay (NASDAQ:EBAY).
Boeing (NYSE:BA), McDonald's (NYSE:MCD), AT&T (NYSE:T), Alibaba (NYSE:BABA), Tesla (NASDAQ:TSLA), Visa (NYSE:V), PayPal (NASDAQ:PYPL), Wynn Resorts (NASDAQ:WYNN), Qualcomm (NASDAQ:QCOM), e US Steel (NYSE:X) estão programadas para publicar seus números na quarta-feira.
Os resultados de General Electric (NYSE:GE), United Parcel Service (NYSE:UPS), Mastercard (NYSE:MA), Raytheon (NYSE:RTN), Blackstone (NYSE:BX), Sprint (NYSE:S), DowDuPont (NYSE:DWDP), Altria (NYSE:MO), Northrop Grumman (NYSE:NOC), e ConocoPhillips (NYSE:COP) estão marcados para quinta-feira.
Finalmente, os resultados corporativos da ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX), Merck (NYSE:MRK), Honeywell (NYSE:HON), Madison Square (NYSE:SQ) Garden (NYSE:MSG), e Cigna (NYSE:CI) completam a semana na sexta.
4. Negociações comerciais entre EUA e China
Os Estados Unidos e a China terão discussões aprofundadas sobre questões econômicas e comerciais durante a visita do vice-premiê chinês Liu He na quarta e quinta-feira.
É a sequência das negociações em níveis mais baixos realizadas em Pequim no início deste mês para resolver a acirrada disputa entre as duas maiores economias do mundo até 2 de março, quando o governo Trump deve aumentar as tarifas de US$ 200 bilhões em produtos chineses.
Washington e Pequim estão envolvidas em uma disputa comercial há mais de um ano, com os dois países aplicando tarifas em vários produtos mutuamente. As tarifas levantaram preocupações no mercado sobre uma possível desaceleração no crescimento econômico global.
5. Debate do 'Plano B' para o Brexit
Os investidores ficarão de olho no debate do parlamento britânico sobre as propostas da primeira-ministra Theresa May, além de planos alternativos apresentados por legisladores, incluindo alguns que tentam adiar a saída da Grã-Bretanha em 29 de março, da União Europeia.
A oposição e muitos membros do partido governante provavelmente apoiarão uma emenda que prevê uma prorrogação de nove meses para o Brexit, caso um acordo não seja aprovado até 26 de fevereiro.
As deliberações estão marcadas para terça-feira.
- Reuters contribuiu com esta reportagem