BRASÍLIA (Reuters) - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, afirmou nesta segunda-feira que o crédito ainda caro, sobretudo para as empresas, e a confiança ainda em recuperação estão afetando o crescimento econômico do Brasil, cuja projeção oficial de expansão recuou a 1 por cento em 2017, sobre 1,6 por cento esperados até então.
Para 2016, a projeção do ministério também piorou, com retração de 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sobre previsão anterior de contração de 3 por cento.
Kanczuk, que acabou de assumir o cargo, disse ainda que a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos deve afetar o comércio internacional, que deve crescer menos, e elevar a inflação na maior economia do mundo e, assim, seus juros internos. Mas, para a economia brasileira, seus efeitos ainda são "ambíguos".
Apesar do cenário econômico mais adverso, o secretário disse que o governo tem condições de cumprir a meta de déficit primário de 139 bilhões de reais em 2017. As receitas dependem não apenas do comportamento do PIB, mas também do câmbio, inflação e massa salarial, disse o secretário.
(Reportagem de Marcela Ayres)