O Cour des Comptes, o escritório nacional de auditoria pública da França, expressou preocupação na segunda-feira com o estado das finanças públicas do país. O escritório de auditoria destacou o déficit crescente e afirmou que a França está "perigosamente exposta" a potenciais choques macroeconômicos devido à sua condição financeira.
O relatório enfatizou a necessidade urgente de a França reduzir seu déficit público. Salientou que a falta de reformas estruturais atempadas conduziu a um aumento do custo da dívida pública, que está a tornar-se mais cara devido aos défices contínuos. Diz-se que essa situação restringe a capacidade do governo de investir e pode deixar a nação vulnerável diante de distúrbios econômicos.
O escritório de auditoria também observou que as estratégias de financiamento público da França não consideraram totalmente as despesas relacionadas às políticas de proteção ambiental, incluindo a transição para fontes de energia renováveis.
Em junho de 2024, a Comissão Europeia identificou a França entre os sete países que devem enfrentar medidas disciplinares por exceder os limites do déficit orçamentário da UE. Espera-se que esses países recebam prazos em novembro de 2024 para corrigir seus desequilíbrios orçamentários.
O déficit orçamentário da França atingiu 5,5% de seu produto interno bruto (PIB) em 2023, o que representou um aumento de 4,8% em 2022 e ultrapassou o limite de 3% da UE. Além disso, a dívida pública francesa ficou em 110,6% do PIB em 2023. As projeções da Comissão Europeia sugerem um aumento para 112,4% em 2024 e para 113,8% em 2025, muito acima do limite da UE de 60%.
O governo do presidente Emmanuel Macron se comprometeu a atingir a meta de déficit da UE até 2027. No entanto, esse objetivo foi complicado pela recente eleição parlamentar, resultando em um parlamento dividido, onde nenhum partido garantiu a maioria. Agências de classificação de crédito, incluindo a Moody's (NYSE:MCO) e a S&P Global, emitiram alertas sobre as consequências negativas que o impasse político pode ter sobre a economia francesa.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.