Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK (Reuters) - O euro caía em relação ao dólar, nesta segunda-feira, uma vez que pesquisa sobre a atividade de negócios da economia da zona do euro decepcionou, ampliando brevemente as quedas depois que dados dos Estados Unidos mostraram que a atividade no país manteve o ritmo, e antes de uma série de falas de autoridades do Federal Reserve nesta semana.
Os dados fracos da zona do euro sustentavam expectativas de mais cortes na taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) este ano, com os mercados atualmente precificando uma chance de aproximadamente 77% de uma redução de pelo menos 25 pontos-base na reunião de outubro.
A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI), compilada pela S&P Global, mostrou que a atividade empresarial da zona do euro sofreu uma forte contração este mês, com o setor de serviços ficando estagnado, enquanto a retração no setor industrial acelerou.
As contrações parecem ter sido generalizadas, com o declínio da Alemanha se aprofundando, enquanto a França voltou a registrar contração após o impulso dos Jogos Olímpicos em agosto.
Em contrapartida, a atividade empresarial dos EUA manteve o ritmo em setembro, mas os preços médios cobrados por bens e serviços aumentaram no ritmo mais rápido em seis meses, possivelmente apontando para uma aceleração da inflação nos próximos meses.
Os dados foram divulgados depois que o Federal Reserve reduziu a taxa de juros em 50 pontos-base na semana passada, e várias autoridades comentaram na segunda-feira que a medida tinha como objetivo manter um equilíbrio emergente e saudável na economia.
A S&P Global disse que seu Índice de Produção PMI Composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e de serviços, teve pouca alteração em 54,4 neste mês, em comparação com o valor final de 54,6 em agosto, com uma leitura acima de 50 sinalizando expansão.
O índice do dólar, que acompanha seu desempenho em relação a uma cesta de moedas, tinha variação positiva de 0,05%, para 100,83, depois de subir até 101,23 na sessão. O euro estava em baixa de 0,39%, para 1,112 dólar, e a caminho de sua maior queda diária desde 9 de setembro.
"A maioria espera que o Fed lidere e seja relativamente mais agressivo em termos de corte da taxa de juros; historicamente, essa tem sido uma interpretação razoável", disse Michael Green, gerente de portfólio e estrategista-chefe da Simplify Asset Management.
"Qualquer coisa que faça com que o mercado reprecifique mais perto de onde o Fed está, provavelmente trará pelo menos algum benefício para o dólar."
Em relação ao iene, o dólar depreciava 0,37%, para 143,38, após um feriado no Japão. O dólar atingiu um pico em duas semanas em 144,50 ienes na semana passada, depois que o Banco do Japão deixou as taxas de juros inalteradas e indicou que não tinha pressa em aumentá-las novamente.