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(Reuters) - O Federal Reserve está trabalhando com a Casa Branca para acomodar a visita inesperada do presidente Donald Trump ao banco central dos Estados Unidos nesta quinta-feira, disse um porta-voz, em meio à escalada de tensões entre o governo e a autoridade monetária do país.
"O Federal Reserve está trabalhando com a Casa Branca para acomodar sua visita", disse o porta-voz do Fed.
A visita de Trump ao Fed, uma rara aparição de um presidente dos EUA no banco central, foi informada pela Casa Branca na quarta-feira.
O presidente tem exigido repetidamente que o chair do Fed, Jerome Powell, reduza a taxa de juros e tem levantado com frequência a possibilidade de demiti-lo, embora Trump tenha dito que não pretende fazer isso. Na terça-feira, Trump chamou o chefe do Fed de "idiota".
Trump visitará o Fed menos de uma semana antes de os 19 membros do banco central se reunirem para uma reunião de dois dias para definir os juros. A expectativa geral é que eles mantenham os juros na faixa de 4,25% a 4,50%, onde se encontram desde dezembro.
A visita também está ocorrendo no momento em que Trump busca desviar a atenção de uma crise política devido à recusa de seu governo em liberar arquivos relacionados ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, revertendo uma promessa de campanha. Epstein morreu em 2019.
Autoridades da Casa Branca têm intensificado a campanha de pressão de Trump sobre Powell nas últimas semanas, acusando o Fed de gerir mal a reforma de dois prédios históricos em Washington e sugerindo supervisão deficiente e possível fraude.
O diretor de orçamento da Casa Branca, Russell Vought, estimou o custo excedente em "US$700 milhões e contando", e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, solicitou uma ampla revisão das operações de política não monetária do Fed, citando as perdas operacionais do banco central.
Em uma programação divulgada para a imprensa na quarta-feira, a Casa Branca disse que Trump visitará o Fed às 17h (horário de Brasília) desta quinta-feira. Não foi informado se Trump se reunirá com Powell.
As críticas públicas de Trump a Powell e o flerte com a possibilidade de demiti-lo já haviam perturbado os mercados e ameaçado uma das principais bases do sistema financeiro global - o fato de os bancos centrais serem independentes e livres de interferências políticas.
(Reportagem de Ann Saphir e Bo Erickson)