Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 21 de março, sobre os mercados financeiros:
1. Decisão de juros do Fed e entrevista coletiva de Powell em foco
Espera-se amplamente que o Federal Reserve eleve sua taxa-alvo dos fundos federais em 0,25pp na conclusão de sua primeira reunião de política monetária sob o comando de Jerome Powell às 15h00.
Isso a deixaria em uma faixa entre 1,5% e 1,75%, a mais alta taxa de referência desde setembro de 2008.
Powell irá participar de uma entrevista coletiva que será atentamente observada 30 minutos após a divulgação da declaração do Fed. Será a primeira vez que ele enfrenta questões da imprensa no cargo de presidente do banco central.
O Fed também divulgará suas novas projeções de crescimento econômico e taxa de juros, conhecidas como "dot-plot". Isso tem sido um tópico de especulações no mercado durante semanas.
O banco central norte-americano projetou no ano passado que elevaria três vezes as taxas de juros em 2018, mas alguns investidores acreditam que o estímulo fiscal e recentes indicações de pressões inflacionárias irão pressionar os decisores a fazerem mais um aumento.
Isso poderia resultar em um salto nos rendimentos de títulos e uma operação de vendas nas bolsas de valores.
2. Dólar cai, rendimento de títulos sobem enquanto investidores aguardam Fed
O dólar norte-americano estava em leve baixa, ao passo que os rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA subiam, já que investidores aguardavam a conclusão da reunião do Fed na busca de novas indicações sobre o ritmo de endurecimento da política monetária no restante do ano.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta de seis principais rivais, estava em leve baixa, recuando 0,3% para 89,70 no início do pregão. Na terça-feira, chegou a 90,02, nível mais alto em três semanas.
No mercado de títulos, o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos estava em 2,892%.
O rendimento do título de dois anos, mais sensível ao Fed, estava em 2,345%, pouco abaixo de 2,349%, máxima de dois anos e meio atingida na terça-feira, ao passo que o rendimento do título de cinco anos estava em 2,695%, não muito distante de seu ponto mais alto desde abril de 2010.
Além do Fed, o calendário de quarta-feira traz dados sobre vendas existentes de imóveis às 11h00.
3. Mercado futuro dos EUA indica abertura em baixa
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa em Wall Street, já que investidores se preparavam para um provável aumento nas taxas de juros dos EUA e buscavam mais orientações de quantos aumentos adicionais deverão ser esperados neste ano.
O blue chip futuros do Dow perdia 30 pontos, ou cerca de 0,1%, os futuros do S&P 500 caíam 3 pontos, ou cerca de 0,1%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 perdia 29 pontos, ou cerca de 0,4%.
Ações do Facebook (NASDAQ:FB) pareciam preparadas para outro dia de baixa, caindo mais de 2,4% antes do pregão. Nas duas últimas sessões, suas perdas foram de mais de 9%, removendo cerca de US$ 60 bilhões de seu valor de mercado, já que a empresa continuava a passar por ataques devido ao acesso de terceiros aos dados pessoais de usuários.
Do outro lado do Atlântico, na Europa, as principais bolsas do continente estavam majoritariamente em baixa no pregão do meio da manhã. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600, medida mais ampla dos preços de ações da região, recuava em torno de 0,3% uma vez que setores mais cíclicos como finanças, materiais e indústria recuavam.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções, com alguns mercados suprimindo ganhos significativos e fechando o dia em baixa. O volume na região foi calmo devido a um feriado no Japão.
4. Preços do petróleo sobem antes de dados dos estoques dos EUA
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) irá divulgar seu relatório semanal sobre estoques de petróleo às 11h30 em meio a expectativas dos analistas de aumento de 2,6 milhões de barris.
O Instituto Americano de Petróleo afirmou na terça-feira que os estoques de petróleo dos EUA tiveram redução de 2,7 milhões de barris na semana encerrada em 16 de março. Frequentemente há fortes divergências entre os as estimativas do API e números oficiais da EIA.
A cotação do petróleo flutuava perto de sua máxima em três semanas, com contratos futuros de petróleo West Texas Intermediate, dos EUA, avançando US$ 0,30, ou 0,5%, para US$ 63,84 o barril, ao passo que contratos futuros de petróleo Brent, negociados em Londres, estavam cotados a US$ 67,80 o barril, alta de US$ 0,38 ou 0,6%.
5. Bitcoin e outras criptomoedas sobem após discussões produtivas no G20
A cotação do bitcoin subiu acima do nível de US$ 9.000 pela primeira vez em seis dias, já que a percepção melhorou após ministros das finanças das 20 principais economias do mundo não terem expressado desejo de repressão aos criptomercados.
O grupo de 20 nações (G20) afirmou na terça-feira que eles concordavam em "monitorar" a movimentação em criptomoedas enquanto deixavam a porta aberta para regulamentar o setor em expansão em uma fase posterior.
A maior moeda virtual do mundo em termos de capitalização de mercado avançava em torno de 8% para US$ 9.046, marcando um ganho de mais de US$ 600.
Os preços de outras moedas digitais populares também estavam mais altos, com o ethereum, segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, avançando cerca de 10% para US$ 572,97.
O ripple, terceira maior criptomoeda, tinha ganhos em torno de 4% e era negociado a US$ 0,69953.