Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 25 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Resultados de grandes empresas devem chamar atenção
Embora a diretriz decepcionante obtida de empresas como Caterpillar (NYSE:CAT), 3M (NYSE:MMM) e Lockheed Martin (NYSE:LMT) tenha sido responsabilizada pela sombra que caiu sobre as bolsas no dia anterior, uma enxurrada de balanços corporativos de empresas líderes em seus setores provavelmente continuará a chamar a atenção nesta quarta em uma sessão sem grandes relatórios econômicos.
Em uma exceção notável à perspectiva pessimista, ações da Texas Instruments (NASDAQ:TXN) saltaram mais de 5% após o pregão depois que a empresa de semicondutores ofereceu diretriz para o trimestre atual que superava tanto em termos de vendas quanto de lucros.
Entre as 50 constituintes do S&P que irão divulgar seus números nesta quarta-feira, Twitter (NYSE:TWTR) e Boeing (NYSE:BA) serão os grandes nomes a serem observados antes da abertura, ao passo que Facebook (NASDAQ:FB), AT&T (NYSE:T), Visa (NYSE:V), AMD (NASDAQ:AMD), Ford (NYSE:F) e eBay (NASDAQ:EBAY) estão entre as empresas que apresentarão seus resultados após o fechamento.
2. Rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA continuam a subir
Após fechar o dia anterior acima do patamar simbólico de 3%, a força ascendente no rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos continuava nesta quarta-feira.
Às 06h55, o rendimento deste título, que se move de forma inversa ao seu preço, avançava 1,2% para 3,018%, pouco abaixo da máxima intradiária de 3,032%, nível mais alto desde janeiro de 2014.
Muitos analistas fixaram o nível de 3% como o ponto no qual os rendimentos dos títulos começariam a prejudicar as bolsas. O aumento nos rendimentos de títulos pode afetar a demanda por ativos vistos como mais arriscados, como ações, particularmente quando os rendimentos estão mais altos do que os do mercado acionário.
Rendimentos mais altos foram apontados como reflexo de expectativas de que os salários e a inflação podem estar em alta, elevando as apostas de uma abordagem mais agressiva do Federal Reserve.
Os mercados recentemente aumentaram as apostas de aumentos de taxas de juros com mais dois aumentos totalmente precificados e a possibilidade de quatro aumentos em todo o ano de 2018 pouco abaixo do patamar de 50%.
3. Bolsas continuam em modo avesso ao risco antes de balanços com pressão de rendimentos
Bolsas de todo o mundo estavam em sua mais longa sequência de perdas do ano nesta quarta-feira, já que rendimentos de títulos norte-americanos acima de 3% e alertas de importantes empresas de todo o mundo sobre custos mais altos alimentavam temores de que a expansão nos lucros possa ter chegado ao pico.
Após a forte operação de vendas observada no dia anterior, o mercado futuro dos EUA apontava para outra queda nesta quarta-feira, já que rendimentos de títulos continuavam a pressionar as bolsas e investidores buscavam alívio de uma enxurrada de relatórios de resultados.
Às 06h55, o blue chip futuros do Dow caía 71 pontos, ou 0,30%, os futuros do S&P 500 recuavam 9 pontos, ou 0,33%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 30 pontos ou 0,45%.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias compartilhavam o sentimento de aversão ao risco, com todos os índices mais importantes em baixa nas negociações próximas do meio-dia, já que resultados positivos não conseguiram neutralizar preocupações com rendimentos mais altos de títulos.
Mais cedo, bolsas asiáticas também foram pressionadas pela operação de vendas em Wall Street, embora um dólar mais forte tenha ajudado o Nikkei 225 do Japão, que encerrou em baixa de apenas 0,2%.
4. Dólar atinge máxima de sete semanas com aumento de rendimentos de títulos
O dólar norte-americano subiu à máxima de sete semanas frente a uma cesta de moedas nesta quarta-feira, guiado pelo aumento nos rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA com o rendimento do título norte-americano com vencimento em 10 anos ultrapassando o nível psicológico de 3%, o mais alto desde o início de 2014.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, avançava 0,21% para 90,75 às 06h57. Estava pouco abaixo de US$ 90,89, nível mais alto desde 1º de março.
O dólar foi impulsionado pelo aumento nos rendimentos de títulos dos EUA e pela possibilidade de ritmo mais acelerado de aumentos de juros do Federal Reserve neste ano.
5. Petróleo permanece estável abaixo de máxima de três anos
A cotação do petróleo estava pouco alterada no início das negociações desta quarta-feira, permanecendo abaixo da máxima de mais de três anos atingida na sessão anterior, já que investidores aguardavam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo referente à semana encerrada em 20 de abril às 11h30 desta quarta-feira em meio a expectativas de redução em torno de 2 milhões de barris.
Analistas também preveem uma redução de 625.000 barris nos estoques de gasolina, ao passo que os estoques de destilados deverão ter redução de 861.000 barrels.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento em torno de 1,1 milhão de barris na semana passada.
Contratos futuros de petróleo dos EUA avançavam 0,18% para US$ 67,83 às 07h07, enquanto o petróleo Brent subia 0,04%, com o barril negociado a US$ 73,89.