Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 3 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Aversão ao risco aumenta em meio a ameaças comerciais
As ações e commodities globais caíram na segunda-feira enquanto a demanda por ativos portos-seguros elevou os preços da dívida soberana, reduzindo os rendimentos, à medida que crescentes tensões comerciais e novas ameaças tarifárias exacerbaram as preocupações sobre uma possível recessão global.
O Dow futures apontou uma queda de quase 100 pontos na abertura, enquanto o rendimento do título do Tesouro americano de 10 anos caiu para o nível mais baixo desde setembro de 2017, aproximando-se de 2,0% e ampliando a inversão de curva com o título de 3 meses. O rendimento do equivalente alemão caiu para uma baixa recorde de -0,217% na segunda-feira.
Na corrente disputa comercial, a China aumentou a pressão acusando Washington de "intimidação e coação" e chamou as exigências americanas de "exorbitantes". Pequim também abriu uma investigação na FedEx (NYSE:FDX) depois que a Huawei informou que a empresa de distribuição desviou para os Estados Unidos dois pacotes destinados aos escritórios da empresa na China.
Com os planos do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre todas as exportações mexicanas para os EUA bem adiantados, uma delegação mexicana de alto escalão estava preparada para iniciar as conversações de alto escalão na segunda-feira em Washington.
Ampliando o escopo das tensões comerciais, o The New York Times informou que os assessores comerciais da Casa Branca pediram a imposição de tarifas sobre o alumínio australiano, cujas exportações para os EUA subiram ao longo do ano passado.
Enquanto isso, Trump viajou para o Reino Unido na segunda-feira para sua primeira visita oficial, depois de incitar a Grã-Bretanha "se afastar" das negociações com a União Europeia se não conseguir um "acordo justo" sobre a saída do Brexit do bloco econômico.
2. Atividade industrial global em contração antes do índice ISM dos EUA
Somando-se às preocupações de uma possível recessão global, dados recentes mostraram que a atividade de industrial está em contração em nível global.
Os PMIs industriais, que monitoram a atividade fabril, ficaram abaixo da marca de 50 pontos que separam a contração de expansão no Japão, Coréia do Sul, Malásia e Taiwan.
O Índice de Gerentes de Compras da Caixin/Markit Manufacturing (PMI) mostrou expansão modesta na China de 50,2, embora o indicador oficial do governo na sexta-feira tenha mostrado retração.
O PMI industrial da zona do euro registrou 47,7 em maio, sua quarta contração consecutiva e apenas ligeiramente acima da leitura de março, que foi uma baixa de seis anos.
Para os EUA, o Instituto de Gestão de Suprimentos dos EUA (ISM, na sigla em inglês) lançará seu PMI industrial às 11h00 de segunda-feira. Os economistas esperam que o indicador permaneça em expansão com um pequeno aumento para 53,0, após a leitura de abril ter atingido seu nível mais baixo desde 2016.
3. Apple (NASDAQ:AAPL) se prepara para WWDC
A Apple iniciará a Worldwide Developers Conference (WWDC) às 14h00 horas nesta segunda-feira, 3 de junho, com uma apresentação de palco feita pelos executivos da empresa.
WWDC, que se concentra em software, tende a ser um dos dois maiores eventos, juntamente com o evento iPhone/Apple Watch no outono.
Entre os rumores numerosos, espera-se que a Apple apresente o iOS 13, que um relatório da Bloomberg sugeriu que poderia ter animações novas e mais rápidas para a interface multitarefa e para o fechamento de aplicativos, além de melhorias no iPad e atualizações de aplicativos feitos pela Apple.
4. Boeing adverte sobre peças defeituosas
A Boeing (NYSE:BA) anunciou no domingo que alguns de seus 737 aviões poderiam ter peças defeituosas em suas asas.
Trabalhando com a Federal Aviation Administration (FAA), a empresa contatou as companhias aéreas que usam o 737 para informá-las de que deveriam inspecionar os conjuntos de trilhos das ripas devido a “não conformidade potencial” que poderia exigir a substituição.
A FAA indicou que a falha da peça não derrubaria o avião, mas poderia danificar a aeronave durante o vôo.
A questão da peça aparece enquanto a Boeing se esforça para recuperar o 737 MAX após dois acidentes fatais que causaram a proibição de voo do avião em todo o mundo.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo anunciou na segunda-feira que pretende realizar uma reunião em 26 de junho com transportadoras, fabricantes de aeronaves e reguladores para discutir a preparação de uma mensagem unificada sobre o retorno do 737 MAX ao serviço.
5. Google cai após o congestionamento da rede causar interrupção
As ações do Alphabet (NASDAQ:GOOGL) caíram mais de 3% no comércio de pré-mercado depois que sua unidade do Google registrou altos níveis de congestionamento no leste dos EUA derrubou vários de seus serviços, incluindo Google Cloud, G Suite e YouTube, no domingo.
O Google disse mais tarde que havia identificado a causa raiz e resolvido o problema, sem fornecer detalhes específicos.
SnapChat, produto da empresa mãe Snap Inc . (NYSE:SNAP), também experimentou problemas de usuários com especulações sobre sua interrupção apontando para o uso do Google Cloud.