Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 11 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Dados de inflação em pauta
O Departamento de Comércio publicará os números da inflação em junho às 09h30 (horário de Brasília) nesta sexta-feira. Analistas de mercado esperam que os preços ao consumidor tenham subido 0,2%, ao passo que o núcleo da inflação tem projeção de aumento de {ecl-56||0,2%}}.
Em base anual, o núcleo do IPC tem projeção de aumento de 1,7%. O núcleo dos preços é visto pelo Federal Reserve como uma melhor aferição da pressão inflacionária de longo prazo porque exclui as categorias voláteis de alimentação e energia. O banco central tenta normalmente chegar a 2% no núcleo da inflação ou menos.
A inflação em alta pode ter efeito catalisador para o Fed elevar as taxas de juros nos próximos meses e uma leitura mais alta do que o esperado nesta sexta-feira ajudaria a convencer os mercados a aumentarem as apostas de um aumento dos juros em dezembro.
Os futuros do fundo do Fed apostam em apenas cerca de 40% de chances de um aumento até o fim do ano.
2. Tensões com a Coreia do Norte dominam mercados com encerramento de temporada de resultados
As tensões entre os EUA e a Coreia do Norte continuavam a dominar os mercados enquanto a temporada de resultados norte-americana estava chegando ao fim.
Em recentes desdobramentos, Donald Trump, presidente norte-americano, fez uma nova série de alertas, sugerindo que sua ameaça anterior de provocar "fogo e fúria" pode não ter sido "dura o suficiente".
Ele alertou que é melhor que a Coreia do Norte "agir direito ou eles terão problemas como poucas nações já tiveram neste mundo".
Preocupações com o impasse político eram o foco das atenções nas bolsas do mundo mesmo com o encerramento da temporada de resultados nos EUA.
A Snap Inc (NYSE:SNAP) via suas ações caírem 15% nas negociações antes do pregão nesta sexta-feira após a autointitulada empresa de câmeras ter divulgado resultados, após o fechamento da sessão anterior, que não atenderam às estimativas tanto em vendas quanto em lucros.
Nenhuma empresa constituinte do S&P 500 tem divulgação marcada nesta sexta-feira, embora o foco das atenções deverá ficar na JC Penney (NYSE:JCP), já que é a última loja de departamentos a divulgar resultados antes da abertura no que foi uma semana agitada para varejistas tradicionais.
455 empresas constituintes do S&P já divulgaram resultados do segundo trimestre com apenas 20 na pauta da próxima semana, incluindo Wal-Mart (NYSE:WMT), Home Depot (NYSE:HD), Cisco Systems Inc (NASDAQ:CSCO) e Target Corporation (NYSE:TGT).
3. Ações de todo o mundo continuam tendência de queda devido a impasse com Coreia do Norte
O fechamento do S&P 500 na quinta-feira com sua maior queda desde maio, sua maior queda neste ano, e tensões entre EUA e Coreia do Norte fizeram com que o apetite ficasse avesso ao risco em bolsas de todo o mundo.
Mais cedo, os mercados asiáticos encerraram em queda acentuada uma vez que Trump elevou o tom da retórica de confronto, com o Shanghai Composite encerrando em queda de 1,6% e o Kospi da Coreia do Sul em baixa de 1,7%. O mercado de capitais do Japão estava fechado devido a um feriado.
As bolsas na Europa também foram abaladas pela incerteza política, no caminho de sua pior queda em uma semana em 2017. Às 06h56 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 registrava redução de 0,80%, enquanto o DAX da Alemanha caía 0,43% e o FTSE 100 de Londres negociava em baixa de 1,19%.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma continuação da cautela dos investidores, sugerindo uma abertura em baixa nesta sexta-feira. Às 05h56 em horário local (06h56 em horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow caía 0,10%, os futuros do S&P 500 recuavam 0,15% e os futuros do Nasdaq 100 estavam em baixa de 0,30%.
4. Volatilidade atinge máxima após as eleições e portos seguros sobem
O nervosismo com o enfrentamento entre Trump e a Coreia do Norte fez a volatilidade disparar na sexta-feira, atingindo seu nível mais alto desde os resultados das eleições presidenciais em novembro do ano passado.
Às 06h57 (horário de Brasília), o índice de volatilidade CBOE, conhecido como termômetro do medo, avançava alta em torno de 5% para 16,86 após ter atingido a máxima intradiária de 17,28.
Investidores deixavam o risco de lado e fugiam para os ativos chamados de portos seguros, vistos como investimentos mais seguros.
O ouro continuava próximo à máxima de nove semanas nesta sexta-feira já que investidores amontoavam o metal precioso. Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro ganhavam US$ 3,41, cerca de 0,3%, chegando a US$ 1.293,41 a onça troy por volta das 05h59 em horário local (06h59 em horário de Brasília).
Além disso, os rendimentos de dívidas de governos caíam na medida em que os participantes que buscavam segurança corriam atrás de renda fixa. O rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em dez anos caía 2 pontos base para 2,196% às 07h00 (horário de Brasília, ao passo que os equivalentes alemães caíam 3 pontos base para 0,382%.
Moedas vistas como portos seguros como o iene e o franco suíço também tinham interesse de compra, o que representava fortalecimento frente ao dólar norte-americano.
5. Petróleo recua 3% devido a preocupações com sobreoferta
Os preços do petróleo caíam nesta sexta-feira, no caminho de perdas na semana de quase 3%, devido a preocupações persistentes com a sobreoferta global enquanto investidores aguardam dados semanais sobre a atividade de extração nos EUA.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) afirmou nesta sexta-feira que a forte demanda poderia ajudar o mercado a se reequilibrar, mas observou que a conformidade da OPEP com o acordo de cortes na produção em julho caiu para 75%, o menor nível desde que os cortes começaram em janeiro.
A oferta global geral de petróleo teve aumento de 520.000 barris por dia em julho e ficou 500.000 barris por dia acima dos níveis de um ano atrás, afirmou a IEA em seu relatório mensal.
Participantes do mercado estarão atentos à crescente produção de shale oil dos EUA quando a Baker Hughes divulgar seus mais rentes dados sobre a contagem de sondas ainda nesta sexta-feira.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,76%, para US$ 48,22 às 7h01 (horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,60% com o barril negociado a US$ 51,59.