Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 27 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Amazon envia alívio enquanto Twitter, Chevron , Exxon e Merck entram em jogo
Depois de uma queda de 19% no preço das ações do Facebook (NASDAQ:FB) na quinta-feira, investidores pareciam respirar aliviados, já que a Amazon (NASDAQ:AMZN) é dona de resultados trimestrais que não decepcionaram. A varejista on-line previu lucro operacional entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, superando as estimativas dos analistas de US$ 843 milhões, e as ações subiram mais de 3% nas negociações estendidas.
A sexta-feira marca o fim de uma das semanas mais movimentadas da temporada de resultados com mais 55 empresas apresentando seus balanços.
O foco provavelmente ficará nos resultados do Twitter (NYSE:TWTR), com divulgação prevista para as 08h00. Analistas, em média, esperam que o Twitter registre um lucro de US$ 0,16 por ação, acima dos US$ 0,05 por ação no mesmo trimestre do ano passado. A receita está prevista em pouco menos de US$ 698 milhões.
Também será dada atenção às seguintes empresas contituintes do Dow: Chevron (NYSE:CVX), Exxon (NYSE:XOM) e Merck (NYSE:MRK).
2. EUA prontos para melhor crescimento em quase 4 anos
Investidores estarão de olho na leitura preliminar do crescimento dos EUA no segundo trimestre às 09h30 da sexta-feira na busca de mais indicações sobre quando e com que rapidez o Federal Reserve irá aumentar as taxas de juros.
O relatório deve mostrar que a economia expandiu a uma taxa anual de 4,1% no período de abril a junho, quase o dobro do resultado do primeiro trimestre. Seria a taxa mais alta de crescimento desde o terceiro trimestre de 2014.
Ao se pronunciar em uma usina siderúrgica em Granite City, Illinois, na quinta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, duvidava que a expansão atingisse os 5,3% que alguns economistas definiram, mas disse que "se houver um quatro na frente disso, estamos felizes".
Uma forte leitura deve apoiar a recente avaliação otimista da economia feita pelo presidente do Fed, Jerome Powell, já que os mercados atualmente esperam que o próximo aumento de juros ocorra em setembro. Os futuros do fundo do Fed descontam a possibilidade de um aumento adicional em dezembro de pouco mais de 70%, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Também na pauta econômica, a Universidade de Michigan irá publicar sua revisão da percepção do consumidor em julho às 11h00.
3. Tensões comerciais permanecem em foco
As tensões comerciais permaneciam em foco uma vez que representantes dos EUA e da China entraram em confronto na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) na quinta-feira.
Durante a reunião, Washington pediu reformas visando a capacidade de resposta da China ao mercado, enquanto Pequim disse que não responderia às táticas dos EUA.
"Extorsão, distorção ou demonização não servem para resolver os problemas", disse o embaixador chinês Zhang Xiangchen.
“Manter os pés no fogo nunca funcionou”, acrescentou ele.
Outra autoridade chinesa observou no evento que a China retaliará quaisquer tarifas adicionais dos EUA, independentemente do volume de bens visados.
"Temos claramente um problema crônico com a China", disse o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, em depoimento ao Senado nesta quinta-feira, acrescentando que os problemas comerciais com Pequim levarão anos para serem resolvidos.
As discussões sobre o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA, na sigla em inglês) pareciam ter um quadro mais otimista.
O México e os EUA concordaram na quinta-feira com a intenção de chegar a um acordo sobre questões importantes até agosto, disse o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo.
Guajardo disse que teve conversas "construtivas" e "muito positivas" com Lighthizer e com o genro e conselheiro sênior de Trump, Jared Kushner.
4. Bolsas globais majoritariamente em alta antes de resultados e PIB dos EUA
As bolsas globais estavam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, já que fortes relatórios de lucros das empresas e uma flexibilização das tensões comerciais transatlânticas em um acordo entre EUA e Europa nesta semana para tentar cortar as barreiras comerciais aumentavam a confiança dos investidores.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura ligeiramente em alta, já que investidores esperavam o dilúvio final de balanços desta nesta semana e o os dados mais recentes sobre o crescimento da economia americana. Às 06h50, o índice blue chip futuros do Dow subia 23 pontos, ou 0,09%, os futuros do S&P 500 avançavam 2 pontos, ou 0,08%, e os futuros do Nasdaq 100 estava em alta de 29 pontos, ou 0,38%.
As bolsas europeias estavam em alta nas negociações próximas à metade do dia desta sexta-feira, ajudadas pelo alívio dos temores sobre as tarifas dos EUA e por resultados positivos das empresas.
Mais cedo, bolsas asiáticas apresentaram sinais desiguais uma vez que as tensões comerciais entre os EUA e a China continuaram a pesar no Shanghai Composite.
5. Cotação do petróleo em ligeira baixa antes dos dados sobre a extração nos EUA
A cotação do petróleo estava em leve baixa nesta sexta-feira, quebrando três dias consecutivos de ganhos, apesar da sustentação obtida com a notícia de que a Arábia Saudita está suspendendo o transporte marítimo de petróleo no Mar Vermelho, enquanto os investidores esperavam pelos números mais recentes sobre a produção de shale oil nos EUA.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,29%, atingindo US$ 69,42 às 06h53, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,17%, com o barril negociado a US$ 74,41.
A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, disse que está temporariamente suspendendo o transporte de petróleo através do Mar Vermelho depois de um ataque do movimento Houthi, do Iêmen.
As exportações através da rota marítima de Bab al-Mandeb ligam o canal de Suez do Egito e o oleoduto SUMED. Estima-se que 4,8 milhões de barris por dia passaram através de Bab al-Mandeb em 2016, de acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA.
Investidores aguardavam os mais recentes dados semanais da contagem de sondas Baker Hugues sobre a atividade de extração nos EUA às 14h00.
A contagem de sondas nos EUA, um indicador antecipado da produção futura, teve redução de 5 e totalizou 858 na semana passada. A taxa de crescimento desacelerou ao longo do mês passado com uma queda nos preços do petróleo desde final de maio até o final de junho.
A contagem de sondas ainda está com 94 a mais do que um ano passado, quando estava em 764 sondas.