Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 12 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Trump e Kim assinam documento "abrangente"
Donald Trump, presidente norte-americano, e Kim Jong Un, líder norte-coreano, prometeram trabalhar para a completa desnuclearização da península coreana, enquanto Washington se comprometeu a fornecer garantias de segurança para seu antigo inimigo.
No final de sua cúpula histórica em Cingapura, Trump e Kim assinaram um acordo para trabalhar em prol da desnuclearização completa e de um duradouro "regime de paz" na península coreana.
O documento, que Trump considerou "muito abrangente", diz que os dois lados se comprometem a realizar negociações de acompanhamento e a cooperar para desenvolver as relações bilaterais.
Questionado sobre o que o acordo significou para a desnuclearização da Coréia do Norte, Trump disse: "estamos iniciando esse processo muito rapidamente - muito, muito rapidamente".
No entanto, muitos especialistas expressaram consternação com o acordo, dizendo que faltava um compromisso sólido de Pyongyang, enquanto outros disseram que era vago quanto aos detalhes.
2. Início da reunião de dois dias do Federal Reserve sobre política monetária
Com a cúpula Trump-Kim agora fora do caminho, investidores aguardam o início da reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve nesta manhã.
O presidente do Fed, Jerome Powell, e seus colegas devem anunciar um aumento de 0,25% nas taxas de juros pela segunda vez neste ano, uma vez que a instituição busca normalizar a política monetária com a economia mostrando sinais de saúde.
Isso colocaria a taxa-alvo dos fundos federais em um intervalo entre 1,75% e 2,0%, aproximando-se de uma postura neutra de política monetária.
Com um aumento da taxa quase totalmente precificado, os mercados estão se concentrando em saber se o Fed vai sugerir a perspectiva de quatro aumentos de juros neste ano.
As possibilidades de um total de quatro aumentos de juros em 2018, em vez dos três atualmente previstos pelo Fed, se fortaleceram recentemente em meio a sinais de inflação em alta e forte crescimento econômico.
3. Dados da inflação dos EUA
O calendário de terça-feira traz o ponto mais importante de dados econômicos da semana.
O Departamento de Comércio irá publicar os números da inflação de abril às 09h30, com investidores atentos para ver se os dados serão melhores do que o esperado.
Analistas do mercado esperam que os preços ao consumidor tenham subido 2,7% em comparação ao ano anterior, alta a partir de 2,5% em abril.
O núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustível, tem projeções de subir para 2,2%, um pouco mais do que os ganhos de 2,1% registrados no mês precedente.
O núcleo dos preços é visto pelo Federal Reserve como uma melhor aferição da pressão inflacionária de longo prazo porque exclui as categorias voláteis de alimentação e energia.
O índice dólar frente a uma cesta de seis importantes moedas permanecia pouco alterado em 93,50.
No mercado de títulos, o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos se mantinha por volta de 2,96%.
4. Bolsas norte-americanas preparadas para pequenas perdas na abertura
O mercado futuro dos EUA apontava para pequenas perdas na abertura, já que investidores deixavam de lado a cúpula Trump-Kim e se concentravam no início da reunião do Fed e no mais recente lote de dados econômicos.
Às 06h45, o índice blue chip futuros do Dow recuava 18 pontos, ou menos de 0,1%. Os futuros do S&P 500 e os futuros do Nasdaq 100 também indicavam perdas similares na abertura de seus respectivos mercados.
Os movimentos em grande parte abafados antes do pregão ocorriam na sequência de uma sessão sem brilho na segunda-feira, que viu cada uma das principais médias fechar no azul, embora pouco alteradas.
O calendário de resultados será bastante esvaziado, com H&R Block (NYSE:HRB) e Jabil Circuit (NYSE:JBL) entre as empresas mais notáveis que divulgarão balanços.
Já na Europa, a maioria das bolsas do continente pairava em torno da linha de inalteração.
Mais cedo, os mercados asiáticos estiveram majoritariamente calmos, com a maioria das bolsas da região fechando com pouca alteração.
5. Confronto do Brexit em foco
A questão do Brexit retorna à tona, já que legisladores da Câmara dos Comuns começarão a debater as emendas da Câmara dos Lordes ao projeto de lei que tira o Reino Unido da União Europeia.
O governo conservador da primeira-ministra Theresa May corre o risco de não ter aprovada a sua proposta de derrubar algumas das emendas se legisladores conservadores decidirem votar ao lado de partidos da oposição.
As 15 emendas incluem uma medida para manter o país na união aduaneira da União Europeia.
No primeiro dia de votação que poderia complicar ainda mais suas torturadas negociações para deixar o bloco, o parlamento vai debater a exigência de uma "votação significativa" sobre qualquer acordo que possa ser negociado com Bruxelas antes da saída definitiva em março.
Tal voto daria à câmara baixa mais poder para definir a "direção" do governo se a casa rejeitar o acordo.
A libra estava em leve alta frente ao dólar, cotada a 1,3410 (GBP/USD).
Investidores de libra também assimilavam dados que mostraram que o número de pessoas empregadas no Reino Unido continuou a subir no período três meses encerrado abril, enquanto o crescimento dos salários desacelerou.