Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 30 de março, sobre os mercados financeiros:
1. Índice dólar volta a 100
O dólar norte-americano subiu para seus níveis mais altos em quase duas semanas nesta quinta-feira, em meio a expectativas de mais aumentos da taxa de juros dos EUA este ano.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, subia 0,2% para 100,00 às 6h55 em horário de Brasília. Este índice chegou à máxima de 100,05 durante a noite, ampliando a recuperação da mínima de quatro meses e meio de 98,67, atingida no início da semana.
O dólar se fortaleceu com comentários defendendo políticas mais agressivas vindos de Charles Evans, presidente do Fed de Chicago e membro com direito de voto no Comitê Federal de Operações de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), que afirmou ver mais uma ou duas elevações da taxa este ano, o que se alinha à maioria dos seus colegas.
Comentários de Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston, e John Williams, presidente do Fed de São Francisco, também expressaram apoio a aumentos das taxas, embora estes membros não votem no FOMC.
2. Mais discursos do Fed, PIB dos EUA a caminho
Há mais quatro membros do Fed que farão discursos nesta quinta-feira. William Dudley, dirigente do Fed de Nova York, é considerado o mais importante, com uma discussão sobre condições econômicas e política monetária às 17h30 em horário de Brasília.
Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, fará um discurso às 9h45 em horário de Brasília, Williams, presidente do Fed de São Francisco, discursará às 12h, enquanto Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, faz seu discurso às 16h.
Com relação a dados, investidores terão acesso aos pedidos iniciais de seguro-desemprego e a versão final do PIB do quarto trimestre, ambos divulgados às 9h30 em horário de Brasília.
O Fed elevou a taxa de juros este mês e manteve sua perspectiva de mais dois aumentos este ano. Futuros dos fundos federais apostam em cerca de 50% de chances de aumento da taxa de juros em junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. As chances de aumento em setembro são vistas em cerca de 70%.
3. Bolsas do mundo entre estáveis e em baixa com cautela nas negociações
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em leve baixa na manhã desta quinta-feira, com o futuros do Dow em queda de cerca de 0,1%, já que investidores mantêm os olhos em alguns dados e discursos de membros do Fed.
Na Europa, as bolsas estavam praticamente inalteradas em pregão moderado no meio da manhã, com o DAX da Alemanha subindo cerca de 0,1%, enquanto o FTSE100 de Londres perdia 0,1%, já que o processo do Brexit teve início.
Mais cedo, na Ásia, mercados encerraram o dia majoritariamente em baixa, com o Shanghai Composite fechando em queda de 1% enquanto o Nikkei do Japão caiu 0,8%.
4. Frustração com taxas de inflação da Alemanha e da Espanha abalam o euro
Leituras iniciais das taxas de inflação na Alemanha e na Espanha levantaram especulações de uma desaceleração mais ampla ao longo da zona do euro, reduzindo a pressão sobre o Banco Central Europeu para restringir suas medidas de estímulo.
O euro teve uma queda após a Saxônia, estado da Alemanha, relatar uma que na inflação anual de 1,8% a partir de 2,4% no mês anterior. A leitura nacional está prevista para o fim do dia de quinta-feira.
Os dados surgiram após dados mostrarem que a taxa de inflação na Espanha enfraqueceu este mês em comparação ao mesmo período no ano anterior. O crescimento dos preços ao consumidor se fixou na taxa anual de 2,3% em março, nível mais baixo do que as previsões dos economistas e registrando queda a partir de 3% em fevereiro.
Os dados alimentaram um debate sobre a perspectiva da política monetária da zona do euro após um relatório na quarta-feira afirmar que membros do BCE estariam descontentes com uma mudança nas expectativas do mercado na direção de aperto na política monetária e taxas de juros da zona do euro mais elevadas.
O euro caía 0,3% para 1,0735 frente ao dólar, após cair para a mínima de nove dias de 1,0731.
5. Rali do petróleo perde força após atingir máxima em 3 semanas
Preços do petróleo recuaram da máxima em três semanas nesta quinta-feira, já que o rali recente perdeu forças em meio a crescimento dos estoques nos EUA.
O petróleo dos EUA estava em baixa de US$ 0,12, ou cerca de 0,2%, com o barril negociado a US$ 49,39, recuando da máxima durante a noite de US$ 49,75, valor mais alto desde 21 de março. O petróleo Brent caía US$ 0,25 para US$ 52,30, após subir para US$ 52,69 mais cedo.
A Agência de Informação de Energia norte-americana declarou na quarta-feira que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 867.000 barris na semana passada e atingiram outra alta recorde de 534,0 milhões de barris totais.
As perdas foram limitadas já que interferências no fornecimento continuam na Líbia e o corte na produção liderado pela OPEP deverá ser estendido.