Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 2 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Olhos na criação de empregos nos EUA
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de maio de folhas de pagamento não agrícolas nesta sexta-feira às 9h30 (horário de Brasília) e especialistas esperam amplamente que os resultados consolidem a elevação da taxa de juros na reunião do Federal Reserve em 14 de junho.
O consenso das previsões indica que os dados mostrarão que houve acréscimo de 185.000 empregos em maio após o aumento de 211.000 no mês anterior, a taxa de desemprego deve se manter estável em 4,4%, seu nível mais baixo desde 2007.
Os ganhos médios por hora devem aumentar 0,2% após terem aumentado 0,3% em abril, ao passo que a taxa anualizada tem previsão de alta de 2,5% no mês anterior para 2,6%.
Nesta quinta-feira, bolsas de valores comemoraram a divulgação de outro relatório, o da ADP, empresa de processamento de folhas de pagamento, que afirmou que os empregos não agrícolas tiveram aumento sazonalmente ajustado de 253.000 em maio, acima das projeções de aumento de 185.000.
2. Espera-se que aumento da taxa de juros do Fed seja confirmada com dados
A maioria dos especialistas acredita que apenas um relatório "catastrófico" impediria o Fed de elevar as taxas de juros dentro de duas semanas, já que os mercados apostam em cerca de 88% de chances de aumento, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Com junho considerado basicamente um caso encerrado, mercados assimilam os dados para ajustar as expectativas sobre a possibilidade de que o banco central realize outro movimento na taxa esse ano e começar a reduzir seu balanço patrimonial.
A maioria dos analistas sugere um possível segundo aumento em setembro ou dezembro, embora os mercados estejam mais céticos apostando em 27% e 39% de chances, respectivamente.
3. Bolsas do mundo atingem máximas históricas, Nikkei recupera 20.000 pontos
Bolsas do mundo atingiam máximas históricas nesta sexta-feira, com mercados asiáticos levados ao seu melhor nível em mais de dois anos devido aos dados positivos da indústria e dos empregos nos EUA.
O Shanghai Composite da China fechou em alta de 0,11%, ao passo que os fortes ganhos de 1,67% levaram o Nikkei do Japão a passar a marca dos 20.000 pontos pela primeira vez desde 2015.
Bolsas na Europa seguiam a trajetória geral do sentimento de compra nesta sexta-feira com o relatório oficial de empregos dos EUA em pauta. A referência Euro Stoxx 50 avançava 1,05% às 5h53 (horário de Brasília), ao passo que o DAX da Alemanha tinha ganhos de 1,18%. O FTSE de Londres flutuava pouco abaixo de seu novo recorde mais cedo, em alta de 0,30%.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em alta em Wall Street, já que investidores aguardavam as folhas de pagamento não agrícolas. Às 4h55 em horário local (5h55 em horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow subia 0,27%, os futuros do S&P 500 ganhavam 0,16% e os futuros do Nasdaq 100 avançavam 0,24%.
4. Petróleo cai 2% com preocupações com excesso
Os preços do petróleo caíam quase 2% nesta sexta-feira, já que a decisão de Donald Trump, presidente norte-americano, de sair do Acordo de Paris de 2015 para lugar contra a mudança climática estimulou a especulação de maior intensificação da extração nos EUA, provocando mais preocupações com o excesso global de oferta.
A atividade de extração nos Estados Unidos tem crescido de forma estável, com dados da Baker Hughes mostrando que o número de sondas ativas no país subiu pela 19ª semana seguida, a segunda maior sequência na história, o que significa que ganhos adicionais na produção doméstica estão a caminho.
A empresa fornecedora de serviços de petróleo divulgará seus dados mais recentes às 14h (horário de Brasília).
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 2,05%, atingindo US$ 47,37 às 4h56 em horário local (5h56 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,99%, com o barril negociado a US$ 49,62.
5. Atividade de construção civil no Reino Unido atinge máxima de 17 meses
A atividade do setor de construção civil no Reino Unido subiu à máxima de 17 meses, reforçando o otimismo com o mercado imobiliário britânico, conforme dados do setor divulgados nesta sexta-feira.
Em um relatório, a empresa de pesquisas Markit e o Chartered Institute of Purchasing & Supply (CIPS) afirmaram que o índice da atividade dos gestores de compras do setor de construção do Reino Unido avançou para 56,0, já com ajuste sazonal, no último mês a partir da leitura de 53,1 em abril.
Economistas esperavam que o índice caísse para 52,7 em maio.