Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 11 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. G7 se reúne com aliados nos Oriente Médio na expectativa de uma frente unida contra a Síria
Os mercados estão atentos à tensão geopolítica crescente. Em seu segundo dia de reuniões na Itália, ministros de relações exteriores do grupo das sete maiores potências mundiais (G7) se uniram a aliados do Oriente Médio na expectativa de estabelecer uma frente unida contra o presidente sírio Bashar al-Assad.
A pressão para que Vladimir Putin, presidente russo, deixe de apoiar Assad está aumentando. O exército do presidente sírio é acusado de comandar um ataque com gases neurotóxicos a uma cidade controlada por rebeldes que matou 87 pessoas, incluindo 31 crianças.
Tanto a Rússia quanto o Irã afirmaram que os EUA tinham "passado dos limites" após disparar um ataque de retaliação contra uma base aérea síria, mas o presidente norte-americano Donald Trump se diz aberto a autorizar ataques adicionais à Síria caso o governo deste país use armas químicas ou bombas de barril internamente, afirmou a Casa Branca na segunda-feira.
Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, estava preparado para visitar Moscou nesta quarta-feira, que seria sua primeira missão diplomática, mas o Kremlin anunciou na segunda-feira que Tillerson e Vladimir Putin, presidente russo, não se encontrarão no que pode ser um sinal de aumento das tensões entre os dois países.
2. Aumenta a tensão entre EUA e Coreia do Norte
O presidente em exercício da Coreia do Sul alertou nesta terça-feira sobre "grandes provocações" da Coreia do Norte, já que a tensão na península coreana aumenta com preocupações de que Coreia do Norte possa realizar teste de seu equipamento militar nos próximos dias.
Uma frota da marinha norte-americana, protagonizada por um porta-aviões nuclear, está a caminho do oeste do Pacífico com rumores de ação militar dos EUA ganhando força após os ataques contra a Síria na semana passada.
O ministro de relações exteriores da Coreia do Norte, em declaração transmitida pela agência estatal KCNA nesta terça-feira, afirmou que o deslocamento da frota da marinha norte-americana em direção à península coreana mostra que "as ações inconsequentes de invasão [dos EUA] atingiram um grave estágio"
3. Futuros dos EUA e bolsas europeias mostram cautela devido à crescente tensão geopolítica
Ações no mundo inteiro se mostraram em diferentes direções nesta terça-feira, com bolsas europeias e nos EUA com negociações majoritariamente em baixa, já que as tensões geopolíticas mais elevadas com a Síria e a Coreia do Norte mantiveram os investidores apreensivos.
Às 6h55 (horário de Brasília), a referência Euro Stoxx 50 perdia 0,35%, enquanto o DAX da Alemanha caía 0,15% e o CAC 40 da França estava em baixa de 0,01%. O FTSE 100 de Londres nadava contra a corrente com ganhos de 0,58%.
Enquanto isso, o mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa. Os futuros do Dow perdiam 0,03%, os futuros do S&P 500 caíam 0,05%, enquanto os futuros do Nasdaq 100 tinham queda de 0,03%.
4. Yellen mantém perspectiva de aumento gradual dos juros pelo Fed
Janet Yellen, presidente nacional do Federal Reserve (Fed), apresentou pouca informação sobre a política monetária dos EUA após o mercado fechar nesta segunda-feira, já que ela manteve sua perspectiva anterior de que os aumentos dos juros devem ser graduais para permitir que a "economia se mantenha na linha" para evitar o superaquecimento.
"Considerando que antes mantínhamos o pé no acelerador para dar à economia todo o gás possível, permitir agora que a economia se mantenha na linha — agora damos algum gás mas não pisamos muito no acelerador — é a melhor posição de política monetária'", afirmou ela.
"Queremos estar à frente da curva e não atrás dela", explicou Yellen.
Mercados continuam a apostar que a próxima elevação da taxa de juros ocorra na reunião de junho, com cerca de 59% de chances, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
A terça-feira é um dia com poucos eventos no calendário econômico. O Escritório de Estatísticas de Trabalho divulgará seu estudo sobre ofertas de empregos (JOLTS, na sigla em inglês), às 11h (horário de Brasília).
5. Tomada de lucros do petróleo antes de dados dos estoques norte-americanos
Preços do petróleo saíram do patamar de máxima em cinco semanas nesta terça-feira, já que investidores preferiram tomar os lucros do rali que durou quase uma semana e que registrou um retorno de 5,4% antes dos dados dos estoques norte-americanos.
Agentes do mercado aguaram o relatório semanal do Instituto Americano de Petróleo sobre os estoques de petróleo bruto às 17h30 (horário de Brasília) desta terça-feira.
Números oficiais do governo serão divulgados nesta quarta-feira com expectativas de aumento de 0,316 milhão de barris.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,32%, para US$ 52,91 às 6h57 em horário de Brasília, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,29%, com o barril negociado a US$ 52,92.