AO VIVO: Lula assina MP contra tarifaço de Trump
Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com - Os principais índices futuros de ações dos EUA recuavam nesta quarta-feira, com os mercados avaliando as incertezas em torno da geopolítica e do comércio global, bem como a próxima divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que provavelmente se reunirá com seu colega russo, Vladimir Putin, antes do final do mês, após uma cúpula entre representantes dos dois países na terça-feira.
Além disso, a plataforma de mídia social X, de Elon Musk, está supostamente em negociações para levantar dinheiro com uma avaliação de US$ 44 bilhões.
No Brasil, destaque para os lucros da XP (BVMF:XPBR31).
1. Ata do Fed
Os futuros das ações dos EUA recuavam principalmente com os investidores avaliando o resultado das negociações extraordinárias entre os EUA e a Rússia sobre o fim da guerra na Ucrânia, bem como uma nova ameaça tarifária do presidente Trump.
Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futuros caía 0,17%, o S&P 500 futuros perdia 0,13%, e o Nasdaq 100 futuros recuava 0,11%.
As principais médias de Wall Street fecharam em alta na terça-feira, depois de oscilarem em torno da linha plana durante a maior parte da sessão, com o índice de referência S&P 500, em particular, registrando um novo pico histórico. Em ações individuais, as ações da Intel (NASDAQ:INTC) subiram com um relatório de que suas congêneres Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. e Broadcom (NASDAQ:AVGO) estavam pensando em acordos que dividiriam a fabricante de chips em duas, e o preço das ações da Constellation Brands (NYSE:STZ) subiu depois que a Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa), de Warren Buffett, revelou um novo investimento no grupo.
A incerteza em torno do ambiente geopolítico e o aumento das tensões comerciais internacionais estão pairando no pano de fundo de uma semana de negociações encurtada pelo feriado, embora os analistas tenham observado que não houve grandes alterações nos acontecimentos recentes que impulsionaram os mercados.
"O fim de semana prolongado do feriado produziu muitas notícias, mas depois de analisar tudo, a narrativa é praticamente a mesma de antes", disseram os analistas da Vital Knowledge em uma nota aos clientes.
Um possível catalisador para as ações pode vir na quarta-feira, com a divulgação da ata da última reunião de política do Federal Reserve, quando o banco central optou por deixar as taxas de juros estáveis e sinalizou uma abordagem de "esperar para ver" em relação a possíveis reduções futuras nos custos de empréstimos.
Os investidores esperam que a ata possa fornecer mais informações sobre como os formuladores de políticas do Fed esperam que a trajetória das taxas evolua nos próximos meses.
As autoridades citaram anteriormente preocupações de que os planos tarifários abrangentes de Trump poderiam reabastecer as pressões inflacionárias como um dos motivos de sua relativa cautela em relação às perspectivas para as taxas. Dados recentes também apontaram para uma possível reaceleração no crescimento dos preços, bem como para o declínio do sentimento do consumidor e a queda nas vendas no varejo.
Vários formuladores de políticas apoiaram sua decisão, em janeiro, de adiar uma série de cortes nas taxas que se estenderiam até 2024, destacando uma taxa de inflação acima do nível da meta de 2% do Fed e a resiliência da economia em geral.
2. Trump sugere cúpula com Putin
Trump sugeriu na terça-feira que poderia se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, antes do final de fevereiro, acrescentando que Moscou "quer fazer algo" para interromper a guerra na Ucrânia após conversas entre representantes dos EUA e da Rússia.
A reunião na Arábia Saudita rendeu promessas de mais negociações, embora notícias da mídia tenham dito que as exigências da Rússia haviam endurecido, especialmente sua posição contra a adesão da Ucrânia à OTAN.
Os críticos de Trump também argumentaram sobre a ausência de Kiev nas negociações em Riad, que foram as primeiras entre os EUA e a Rússia desde o início do conflito na Ucrânia em 2022. A Ucrânia declarou que não aceitará um acordo de paz feito em seu nome, uma observação que foi reiterada pelo chanceler alemão Olaf Scholz.
3. Trump prevê tarifa de 25% sobre carros importados
Enquanto isso, Trump disse que aplicaria tarifas sobre carros importados para os EUA "em torno de 25%", bem como outras tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos.
Essa foi a última atualização do que se tornou uma batida frequente de ameaças tarifárias emitidas por Trump desde que ele assumiu seu segundo mandato na Casa Branca no mês passado.
O presidente disse na semana passada que taxas recíprocas generalizadas poderiam ser impostas já no dia 2 de abril, um dia após o prazo final para que sua equipe apresentasse propostas para as tarifas abrangentes que podem abalar o comércio global.
Nas semanas anteriores, Trump também impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses e estabeleceu a data de 12 de março para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio. Ele também anunciou tarifas de 25% sobre os vizinhos dos EUA, Canadá e México, embora as tenha adiado por um mês depois de receber concessões sobre segurança nas fronteiras.
"Duvidamos que a ameaça de tarifas recíprocas de Donald Trump, nem sua agenda protecionista mais ampla, estejam totalmente precificadas nos mercados", disseram os analistas da Capital Economics em uma nota aos clientes. "Esperamos que os rendimentos do Tesouro dos EUA e o dólar aumentem à medida que essas tarifas entrem em vigor."
4. X de Elon Musk está em negociações para levantar capital com valuation de US$ 44 bilhões - Bloomberg News
A plataforma de mídia social X, de Elon Musk, está em negociações para levantar fundos com um valuation de US$ 44 bilhões, informou a Bloomberg News na quarta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O valuation corresponde ao preço original pago por Musk pelo Twitter em 2022, com a possível rodada de financiamento marcando uma grande reviravolta para a empresa. O valuation do X foi visto caindo drasticamente desde a aquisição e rebranding de Musk, enquanto lutava contra uma derrota dos anunciantes. Musk demitiu grande parte da equipe do Twitter, incluindo sua equipe de moderação de conteúdo, para grande desgosto dos anunciantes.
Mas notícias recentes mostraram que os investidores estavam novamente se entusiasmando com o X, especialmente com o aumento da atividade dos usuários após a eleição presidencial de 2024 nos EUA. Musk também observou uma melhora nas finanças da empresa.
5. Balanço da XP
A XP reportou lucro líquido ajustado de R$1,2 bilhão no quarto trimestre de 2024, aumento anual de 16%, de acordo com balanço divulgado na terça.A companhia apresentou incremento tanto na receita quanto na rentabilidade. A receita líquida somou R$4,5 bilhões, alta de 11% frente igual intervalo do ano anterior, contra projeções de mercado que apontavam para R$4,45 bilhões, conforme dados compilados pela LSEG.
A rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) ajustado atingiu 23,4%. No mesmo período em 2023, o indicador era de 21,1% e, no terceiro trimestre, de 23%.
A XP destacou no release de resultados que 2025 deve demonstrar a força anticíclica do modelo de negócios. “O ambiente de juros mais alto deverá beneficiar diretamente o crescimento de Client Assets, principal driver de receita dos principais produtos de investimento no Varejo. Adicionalmente, esperamos outro ano robusto para renda fixa, além de uma expansão do nosso market share em mercados estratégicos, como o de DCM”, disse no documento.
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