Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 2 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Escalada nas tensões comerciais entre EUA e Europa
A União Europeia ameaçou impor novas tarifas retaliatórias no valor de US$ 300 bilhões se os EUA avançarem com as tarifas sobre os carros europeus.
O presidente Donald Trump, que repetidamente criticou a União Europeia por seu superávit comercial com os EUA e por ter tarifas de importação mais altas em carros, disse na semana passada que o governo estava completando seu estudo e sugeriu que os EUA agiriam em breve.
O mais recente acontecimento da guerra comercial global acontece apenas 10 dias antes de um movimento dos EUA para impor US$ 34 bilhões em tarifas sobre as exportações chinesas na sexta-feira. Pequim deverá responder com suas próprias tarifas sobre os produtos norte-americanos.
2. Futuros do Dow caem mais de 100 pontos
A semana de negociação estava marcada para começar uma nota pessimista em Wall Street, já que o mercado futuro dos EUA apontava para perdas acentuadas na abertura uma vez que preocupações a respeito de uma guerra comercial entre os EUA e seus principais os parceiros comerciais mantinham os compradores à margem.
Às 06h35, O índice blue chip futuros do Dow caía 155 pontos, ou cerca de 0,6%, os futuros do S&P 500 recuavam 16 pontos, ou 0,6%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava queda de 50 pontos ou cerca de 0,7%.
Não há balanços corporativos importantes com divulgação marcada para hoje.
Do outro lado do Atlântico, mercados europeus estavam sob pressão, já que montadoras de automóveis e mineradoras, setores vistos como os mais vulneráveis em uma guerra comercial, lideravam as perdas. Entre os índices nacionais, o DAX da Alemanha estava em baixa pois preocupações sobre a coalizão da chanceler Angela Merkel pesavam sobre os ânimos.
Mais cedo, os mercados chineses lideraram a perdas na Ásia, com os principais mercados da região fechando em queda acentuada. O Shanghai Composite caiu 2,5% e se afundou ainda mais em um mercado em baixa, ao passo que o yuan, que terminou seu pior mês já registrado, continuava a perder terreno em relação ao dólar.
3. Dólar em demanda enquanto euro cai
Saindo do mercado de capitais, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,3% para 94,50.
A demanda pelo dólar norte-americano continuava a se sustentar pela relativa força da economia norte-americana e por perspectivas de mais aumentos dos juros do Federal Reserve ainda neste ano.
Frente ao iene, considerado porto seguro, a moeda norte-americana estava pouco alterada em 110,80, recuando após ter atingido 111,06, máxima de seis meses, durante a noite.
No mercado de títulos, o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos recuava e estava por volta de 2,83%.
Com relação a dados, o calendário de hoje apresenta o estudo do ISM sobre a atividade industrial em junho, bem como um relatório sobre gastos com construção em maio, ambos às 11h00.
Enquanto isso, o euro estava sob pressão após o ministro do Interior da Alemanha ter se oferecido para renunciar em meio a uma discussão crescente sobre a política de imigração, colocando em dúvida o futuro do governo de coalizão da chanceler Angela Merkel.
Além disso, o peso mexicano tinha ganhos após o candidato esquerdista, Andrés Manuel López Obrador, ter vencido a eleição presidencial do México no domingo, com uma grande margem que pode anunciar uma maioria no Congresso.
4. Petróleo cai após Trump tuitar indicações de maior produção saudita
A cotação do petróleo caía após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter surpreendido os investidores ao anunciar um acordo improvisado com a Arábia Saudita para aumentar a oferta nos mercados de petróleo, que estão cada vez mais restritos.
Em um tuíte no início da manhã de sábado, Trump disse que o rei Salman, da Arábia Saudita, concordou com seu pedido para aumentar a produção de petróleo em "talvez até" 2 milhões de barris para ajudar a compensar um declínio na oferta do Irã e da Venezuela.
Os contratos futuros de petróleo Brent, referência internacional, recuavam US$ 0,75, ou cerca de 1%, para US$ 78,48 o barril, ao passo que os contratos futuros de petróleo dos EUA na Bolsa Mercantil de Nova York estavam em queda de US$ 0,37, ou 0,5%, cotados a US$ 73,78.
5. PMIs globais da atividade industrial perdem força
Leituras pessimistas sobre a atividade industrial da Europa e da China aumentaram ainda mais o clima de risco, em um sinal preocupante de que as políticas protecionistas "América First" do governo Trump poderiam inviabilizar o crescimento global.
O crescimento da fábrica na zona do euro desacelerou para uma mínima de 18 meses em junho, caindo pelo sexto mês consecutivo, conforme foi apresentado em um estudo. O crescimento de novos pedidos caiu para o seu nível mais baixo em quase dois anos em meio a preocupações generalizadas sobre barreiras comerciais e seu impacto na atividade econômica em geral.
No Reino Unido, as fábricas britânicas mantiveram um ritmo constante de crescimento em junho, mas preocupações com o comércio global e com o Brexit abalaram a confiança sobre as perspectivas, que chegou à mínima de sete meses, de acordo com dados de um estudo.
Além disso, o crescimento do setor industrial da China desacelerou em junho, já que as empresas enfrentavam custos cada vez maiores de insumos e um declínio nos pedidos de exportação em meio a uma crescente disputa comercial com os EUA, conforme demonstrado por um estudo privado. O estudo revelou que novos pedidos de exportação tiveram redução pelo terceiro mês consecutivo, a maior redução em dois anos.
Investidores estão preocupados com o fato de que as ameaças de tarifas mais altas nos EUA e medidas de retaliação por parte de outros países poderiam inviabilizar um raro período de crescimento global sincronizado.