Investing.com - Enquanto o investidor local ficará focado na forte pressão de venda que cairá sobre as ações da Vale (SA:VALE3) e suas repercussões no apetite do mercado brasileiro, confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 28 de janeiro, sobre as bolsas internacionais.
1. Trump cético em relação ao acordo sobre o muro na fronteira
O presidente norte-americano, Donald Trump disse que outra paralisação do governo é "certamente uma opção", pois expressou ceticismo de que o Congresso chegaria a um acordo para financiar o muro na fronteira sul com o México que ele solicitou.
Em entrevista ao Wall Street Journal no domingo, Trump disse que há menos de 50% de chances de que tal acordo possa ser alcançado antes do próximo financiamento do governo em 15 de fevereiro, prazo que está a menos de três semanas de chegar.
Seus comentários seguiram um projeto de lei na sexta-feira para encerrar uma paralisação parcial de 35 dias do governo do EUA, que foi a mais longa da história.
Construir um muro ao longo da fronteira com o México para impedir que os migrantes entrem ilegalmente no país era uma plataforma central da campanha presidencial de Trump, mas os democratas se opõem veementemente e rejeitaram seu pedido de financiamento de US$ 5,7 bilhões.
2. Futuros apontam para uma abertura conturbada
Os futuros de ações dos EUA apontaram para uma abertura menor no início do que se espera que seja uma semana comercial agitada, já que os investidores pesam a possibilidade de outra paralisação do governo, enquanto aguardam a mais recente decisão política do Federal Reserve também como uma nova rodada de negociações comerciais EUA-China e uma votação chave do Brexit.
Às 8h25 (horário de Brasília), O índice blue chip futuros do Dow caía 106 pontos, ou cerca de 0,45%, os futuros do S&P 500 perdiam 12 pontos, ou próximo 0,4%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava um declínio de 33 pontos, ou aproximadamente 0,5%.
Na Europa, as bolsas estavam em baixa, com a maioria das principais bolsas em toda a região em território negativo.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções.
3. Caterpillar dá início à semana agitada de ganhos
Cerca de um quarta das empresas constituintes do S&P 500 e quase metade das empresas constituintes do Dow deverão divulgar seus resultados financeiros nesta semana à medida que a temporada de resultados do quarto trimestre ganha ritmo.
A segunda-feira terá a Caterpillar (NYSE:CAT) postando resultados pela manhã. O gigante industrial, muitas vezes visto como um termômetro para a economia global, deve divulgar um lucro por ação de US$ 2,98 sobre a receita de US$ 14,3 bilhões, segundo estimativas.
Os resultados de Whirlpool (NYSE:WHR) e AK Steel (NYSE:AKS) são esperados após o fechamento do pregão.
4. Queda dos preços do petróleo
No mercado de commodities, os preços do petróleo caíram depois que os dados mostraram que as empresas de energia adicionaram plataformas pela primeira vez este ano.
Em um sinal de que a produção poderia aumentar ainda mais, a Baker Hughes relatou na sexta-feira que o número de sondas nacionais perfurando petróleo subiu 10 totalizando 862 na semana até 25 de janeiro.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam US$ 1,06, ou cerca de 2%, a US $ 52,63 o barril.
Os contratos futuros de petróleo Brent estavam cotados a US$ 60,45 por barril, queda de US$ 1,14, ou cerca de 1,8%.
A Venezuela deve ficar nas manchetes esta semana, quando a turbulência em Caracas despertou preocupações de que suas exportações de petróleo em breve poderiam ser interrompidas.
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5. China lucros industriais encolhem novamente
Ganhos nas empresas industriais da China encolheram pelo segundo mês consecutivo em dezembro, o mais recente sinal de esfriamento da segunda maior economia do mundo.
Os lucros das grandes empresas industriais caíram 1,9% no ano, para 680,83 bilhões de iuanes (US$ 100,94 bilhões) em dezembro, segundo a Agência Nacional de Estatísticas, por causa da fraca demanda doméstica e dos efeitos causados pelas pesadas tarifas dos EUA.
Os dados pessimistas apontam mais problemas pela frente para o vasto setor industrial do país, que já enfrenta um declínio nos pedidos, demissões e fechamentos de fábricas, com o crescimento econômico da China desacelerando para o seu momento mais fraco em quase três décadas.
- Reuters contribuiu com esta reportagem