LONDRES (Reuters) - O cacau negociado em Nova York foi a commodity com melhor desempenho em 2024, com os preços mais do que dobrando após as colheitas ruins na África Ocidental, enquanto o café também esteve entre os maiores ganhadores do ano.
A Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores de cacau do mundo, registraram uma queda acentuada na produção na temporada 2023/24.
Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam nesta terça-feira em 11.675 dólares a tonelada, registrando um ganho anual de 178%. Os preços alcançaram uma máxima recorde de 12.931 dólares a tonelada em 18 de dezembro.
Este foi o segundo ano consecutivo de alta de preços do cacau, depois de um aumento de 61% em 2023.
Os preços do café também subiram este ano, impulsionados pelo clima adverso nos países produtores, especialmente nos dois maiores produtores, Brasil e Vietnã.
O clima seco no Brasil levou a uma safra menor do que a esperada este ano e também deve reduzir a produção no próximo ano.
Os futuros do café arábica encerraram o ano em 3,1485 dólares por libra-peso, registrando um ganho anual de 69%. Os preços subiram para um recorde de 3,4835 dólares em 10 de dezembro.
O café robusta encerrou o ano em 4.875 dólares por tonelada, registrando um ganho anual de 72%.
O açúcar, por outro lado, registrou perda anual, prejudicado pela ampla oferta global após os excedentes globais nas temporadas de 2022/23 e 2023/24.
O açúcar bruto fechou em 19,26 centavos de dólar por libra-peso, terminando 2024 com uma perda de 6%.
O açúcar branco encerrou o ano em 507 dólares por tonelada, recuo anual de 15%.
(Reportagem de Nigel Hunt)