Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Por Anushree Mukherjee
(Reuters) - O ouro ampliou seu rali ao ultrapassar US$4.200 a onça pela primeira vez nesta quarta-feira diante das expectativas de mais cortes na taxa de juros dos Estados Unidos, enquanto a incerteza econômica e geopolítica também levava os investidores à segurança do metal.
O ouro à vista tinha alta de 1,4%, a US$4.200,12 a onça, depois de atingir um recorde de US$4.217,95 mais cedo na sessão. Os contratos futuros de ouro dos EUA para entrega em dezembro ganhavam 1,3%, para US$4.216,20.
O ouro subiu cerca de 59% até o momento neste ano, impulsionado por incertezas geopolíticas e econômicas, expectativas de cortes na taxa de juros dos EUA, fortes compras de bancos centrais, uma tendência mais ampla de desdolarização e entradas robustas de fundos negociados em bolsa.
"O prolongamento da paralisação do governo dos EUA, comentários mais ’dovish’ das autoridades do Fed e a contínua escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China provavelmente darão suporte a novos ganhos nos preços do ouro", disse Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades.
"Atingir o nível de US$ 5.000 não parece impossível no médio e longo prazo."
O dólar caía em relação a uma cesta de pares nesta quarta-feira, depois que comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçaram as apostas em uma série de cortes nos juros nos próximos meses.
Os operadores estão precificando um corte de 25 pontos-base em outubro e outro em dezembro, com chances de 96% e 93%, respectivamente.