PEQUIM (Reuters) - O crescimento das exportações chinesas deve ter desacelerado em novembro, apesar de ainda estar na casa dos dois dígitos, uma vez que a desaceleração da demanda global compensou a corrida para embarcar produtos para os Estados Unidos antes do esperado aumento das tarifas comerciais.
O crescimento das importações da China provavelmente foi moderado, mas permaneceu nos intervalos recentes, oferecendo algum alívio para os políticos chineses preocupados com o enfraquecimento da demanda doméstica e as perturbações econômicas da disputa comercial com os Estados Unidos.
Uma trégua na guerra comercial pode estabilizar as perspectivas de curto prazo para a maior economia da Ásia, que vem desacelerando devido a uma mistura de fatores internos, incluindo uma campanha de vários anos para conter a dívida corporativa e as práticas arriscadas de endividamento.
Na Argentina, no último fim de semana, os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, concordaram com uma trégua de 90 dias que atrasou o aumento planejado para 1º de janeiro das tarifas sobre os produtos chineses para 25 por cento, ante 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses enquanto os países negociam um acordo comercial.
As exportações chinesas em novembro provavelmente cresceram 10 por cento em relação ao ano anterior, mais lento que o ganho de 15,6 por cento registrado no mês anterior, segundo a estimativa mediana de 26 economistas em uma pesquisa da Reuters.
A expectativa é que o crescimento das importações da China tenha diminuído para 14,5 por cento em novembro, de um surpreendente aumento de 21,4 por cento em outubro.
(Por Lusha Zhang e Ryan Woo)