Taxas curtas de DIs têm leves altas e longas caem em dia de IBC-Br e queda do dólar

Publicado 16.06.2025, 16:56
Atualizado 16.06.2025, 17:00
© Reuters

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs de curto prazo fecharam com leves altas nesta segunda-feira, com investidores à espera da decisão do Banco Central sobre juros nesta semana, enquanto as taxas longas cederam, puxadas por novo recuo do dólar no Brasil, para perto dos R$5,50.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 estava em 14,86%, ante o ajuste de 14,836% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2027 marcava 14,175%, em alta de 2 pontos-base ante o ajuste de 14,162%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,61%, ante 13,667% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,68%, em baixa de 6 pontos-base ante 13,743%.

Pela manhã o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,2% em abril, em dado dessazonalizado. O resultado mostrou enfraquecimento ante a alta de 0,7% de março, mas ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho de 0,1%.

“Mais um dado de atividade melhor para o mês de abril. A gente viu na semana passada o varejo mais fraco, mas a Pesquisa Mensal de Serviços veio melhor. Mostra que a gente entra em abril também com a atividade em expansão”, pontuou pela manhã o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.

A expectativa que antecede a decisão sobre juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na quarta-feira, e a percepção de uma atividade ainda acelerada deram sustentação às taxas dos DIs com prazos mais curtos.

Nos contratos a partir de janeiro de 2028, porém, as taxas cederam, acompanhando a queda do dólar ante o real -- um fator desinflacionário, que torna menor a necessidade de juros tão elevados no futuro.

Até o início da tarde a queda das taxas longas no Brasil também tinha o auxílio do recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio à expectativa pelo fim das hostilidades entre Israel e Irã. No restante da tarde, porém, os yields migraram para o território positivo, mas as taxas dos DIs de longo prazo seguiram no negativo.

A curva de juros brasileira precificava na tarde desta segunda-feira cerca de 60% de chances de elevação de 25 pontos-base da Selic na próxima quarta-feira, contra 40% de probabilidade de manutenção, conforme cálculo do Bmg. Atualmente a Selic está em 14,75% ao ano.

Os percentuais na curva estão próximos do que se vê no mercado de opções de Copom da B3 (BVMF:B3SA3). Na última sexta-feira -- atualização mais recente -- a precificação das opções de Copom indicava 56,50% de chances de alta de 25 pontos-base da Selic, contra 42,00% de probabilidade de manutenção.

No entanto, no relatório Focus do BC, publicado nesta segunda-feira, a mediana das projeções dos economistas indica manutenção da Selic na quarta-feira. Na prática, como informou a Reuters mais cedo, enquanto os ativos precificam nova alta da Selic, a maioria dos economistas espera manutenção.

Às 16h41, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 3 pontos-base, a 4,456%.

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