Taxas dos DIs acompanham Treasuries e sobem após dado forte de emprego nos EUA

Publicado 03.07.2025, 16:47
Atualizado 03.07.2025, 16:50
© Reuters. Notas de 200 reaisn02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em alta, em especial entre os vencimentos de longo prazo, acompanhando o avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior após a divulgação de dados fortes sobre o mercado de trabalho norte-americano.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2027 estava em 14,14%, ante o ajuste de 14,12% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,355%, ante o ajuste de 13,329%.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,28%, ante 13,209% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,33%, ante 13,262%.

As taxas futuras chegaram a oscilar no território negativo no início do dia no Brasil, mas a divulgação do relatório de emprego payroll nos EUA, às 9h30, alterou o cenário.

O documento mostrou que a economia dos EUA abriu 147.000 postos de trabalho fora do setor agrícola em junho, após a criação de 144.000 vagas em maio, em dado revisado para cima. O resultado de junho ficou bem acima da projeção mediana dos economistas consultados pela Reuters, de criação de 110.000 vagas.

Em reação, os yields dos Treasuries avançaram, impulsionando também as taxas dos DIs no Brasil.

“O mercado como um todo estava esperando os resultados do payroll, para ver se o Federal Reserve tem abertura um pouco maior (para corte de juros). E o número veio acima”, comentou durante a tarde Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

“Isso fortaleceu a ideia de que o Fed não deve cortar (juros) em julho, e sim iniciar o processo em setembro, o que pressionou os DIs de longo prazo, por conta dos Treasuries”, acrescentou.

A taxa do DI para janeiro de 2029, por exemplo, atingiu a máxima de 13,205% (+6 pontos-base ante o ajuste da véspera) às 9h31 -- logo após a divulgação do payroll.

A agenda de indicadores esvaziada no Brasil manteve as atenções dos investidores voltadas para o exterior, onde os rendimentos dos Treasuries seguiam em alta firme no fim da tarde, em especial entre os títulos de curto prazo, que precificavam chances menores de corte de juros pelo Fed este mês.

Às 16h36, o rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha alta de 10 pontos-base, a 3,886%. Já o retorno do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 6 pontos-base, a 4,348%.

No Brasil, perto do fechamento a curva brasileira seguia precificando quase 100% de chances de manutenção da Selic em 15% no fim de julho. Na quarta-feira -- atualização mais recente -- a precificação das opções de Copom negociadas na B3 (BVMF:B3SA3) indicava 89,50% de chances de manutenção da Selic, contra 6,86% de probabilidade de nova alta de 25 pontos-base em julho.

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